Disney: demanda mais fraca de parques temáticos prejudica resultado trimestral

Receita e lucro da unidade de parques ficam abaixo do esperado por analistas e ofuscam o primeiro lucro da companhia no streaming

Disney
Por Thomas Buckley
07 de Agosto, 2024 | 02:17 PM

Bloomberg — A Walt Disney (DIS) apresentou um cenário misto ao divulgar os resultados do seu terceiro trimestre fiscal na quarta-feira (7), no qual a fraqueza de seus famosos parques temáticos ofuscou o primeiro lucro da empresa nos serviços de streaming.

Os parques temáticos da Disney nos Estados Unidos, afetados pelo aumento dos custos e pela fraca demanda, não atingiram as estimativas de Wall Street para vendas e lucros. A empresa disse que seu parque Disneyland Paris sofreu com a redução das viagens devido à Olimpíada, e ressaltou que houve um “abrandamento cíclico na China”.

A pressão sobre a frequência permanecerá “nos próximos trimestres”, disse a empresa na quarta-feira (7), depois de prever anteriormente uma recuperação nos últimos meses do ano fiscal de 2024. A Disney agora prevê um declínio de um dígito médio no lucro do quarto trimestre fiscal atual.

As ações caíam 3,16% em Nova York por volta das 14h (horário de Brasília).

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A empresa respondeu que “monitora ativamente o comparecimento e os gastos dos hóspedes e administra agressivamente a base de custos”.

Em julho, a rival Comcast Corporation (CMCSA) divulgou uma receita trimestral que não correspondeu às estimativas dos analistas, prejudicada em parte por uma desaceleração em seus parques temáticos da Universal Studios.

Os parques da Disney e da Comcast se recuperaram bem da pandemia de covid-19, mas os executivos de ambas as empresas sinalizaram que a demanda começou a se normalizar após um aumento inicial.

Leia mais: A magia da Disney se perdeu, reclamam clientes. A empresa busca recuperá-la

Os resultados mais moderados do segmento de experiências ofuscaram um balanço positivo. Os lucros aumentaram para US$ 1,39 por ação, excluindo alguns itens, superando a estimativa média de US$ 1,19 dos analistas consultados pela Bloomberg. A empresa elevou sua previsão de crescimento dos lucros (guidance) este ano para 30%, em comparação com uma meta anterior de 25%.

A empresa com sede em Burbank, na Califórnia, registrou um lucro de US$ 254 milhões em seu estúdio de cinema, pondo fim a uma série de prejuízos, graças ao lançamento de Divertida Mente 2, da Pixar, em junho.

A Disney também registrou um lucro de US$ 47 milhões na unidade de streaming, o primeiro resultado positivo desde que o principal serviço de streaming Disney+ foi lançado em 2019. O número inclui os serviços Hulu e ESPN+.

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Os resultados marcam uma vitória geral para a divisão de entretenimento da Disney, que foi prejudicada nos últimos anos por falhas na divisão de filmes e bilhões de dólares em perdas de streaming.

O CEO Bob Iger, que retornou para liderar a Disney em 2022, priorizou a recuperação do negócio de filmes da empresa e a obtenção de lucratividade em streaming em seu segundo mandato.

A receita do trimestre aumentou 3,7%, chegando a US$ 23,2 bilhões e superando as projeções de US$ 23,1 bilhões.

Para manter o streaming lucrativo, a Disney vai aumentar os preços de seus serviços de vídeo on-line, anunciando na terça-feira (6) que a assinatura do Disney+ aumentará em até 25%.

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