CEO da Unilever diz que planeja substituir 25% dos 200 principais gerentes da empresa

Fernando Fernandez, que comanda a empresa de bens de consumo desde fevereiro, tem liderado uma reestruturação na companhia, que ele classifica como uma ‘organização inchada’, com uma cultura de desempenho inconsistente

Sede da Unilever, em Roterdã
Por Sabah Meddings
03 de Setembro, 2025 | 01:45 PM

Bloomberg — O CEO da Unilever, Fernando Fernandez, espera substituir um quarto dos 200 principais gerentes do grupo após uma avaliação de desempenho, enquanto lidera uma revisão na empresa de bens de consumo que fabrica o sabonete Dove.

Fernandez, que dirige a companhia desde fevereiro, também disse que a Unilever reduziu o número de trabalhadores administrativos em 18% nos últimos 18 meses, enquanto tenta eliminar o que ele chamou de “bolsões de mediocridade”.

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“A Unilever tem tido um desempenho inconsistente”, disse Fernandez na quarta-feira (3), na Barclays Global Consumer Staples Conference, em Boston.

Ele a descreveu a empresa como uma “organização inchada”, com uma cultura de desempenho inconsistente, acrescentando que a companhia foi prejudicada desde que frustrou a oferta de aquisição da Kraft Heinz em 2017.

“Perdemos nosso foco no crescimento do volume”, disse ele.

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Fernandez tem avançado com um plano de reestruturação mais amplo anunciado pelo ex-CEO Hein Schumacher, que inclui a cisão de seu negócio de sorvetes, que inclui as marcas Magnum e Ben & Jerry’s, até novembro deste ano.

A empresa tem procurado se concentrar em divisões de maior crescimento e tem vendido marcas de baixo desempenho. O conselho afastou Schumacher, que foi CEO por menos de dois anos, porque estava insatisfeita com o ritmo das mudanças.

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Desde que assumiu o cargo, Fernandez tem analisado as operações da empresa. Os 200 principais gerentes da Unilever estão sendo avaliados em comparação com o mercado, e espera-se que 25% deles sejam “renovados”, disse ele na conferência.

A Unilever já havia dito anteriormente que cortaria 7.500 cargos administrativos até 2026.

Fernandez também disse que não investiria dinheiro em negócios fora dos Estados Unidos e da Índia, que ele vê como motores de crescimento.

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“A Índia será para a Unilever o que a China foi para alguns de nossos concorrentes na última década”, disse ele.

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