Bloomberg — A Blackstone estuda mudar as posições de uma estratégia que aposta em outras empresas do mercado privado como forma de liberar os lucros desses investimentos difíceis de sair.
A gigante de investimentos alternativos informou aos possíveis compradores de participações de segunda mão sobre os planos de transferir uma fatia de ativos de seu fundo GP Stakes de 2014, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News e que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privadas.
O fundo GP Stakes não tem prazo para devolver o capital e foi concebido para manter os interesses dos gestores a longo prazo.
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O acordo, conhecido como strip sale, apresentará um novo grupo de compradores e acelerará o fluxo de dinheiro para os investidores anteriores do fundo, que apóia quatro fundos hedge e possui participações em sete gestoras de ativos privados, incluindo a Leonard Green & Partners, sediada em Los Angeles, e a casa de investimentos asiática PAG.
A Blackstone continuaria a administrar os ativos.
A empresa avalia o negócio em meio a um esforço para captar US$ 5,6 bilhões para sua versão mais recente dessa estratégia.
A entrega de mais dinheiro aos investidores poderia permitir que eles apoiassem o novo fundo - embora não fossem obrigados a fazê-lo - e aumentassem os retornos do atual. A estratégia proporcionou um retorno líquido total de 14% em 30 de junho.
A Blackstone não quis comentar a transação proposta.
Os primeiros a se movimentar
A Blackstone e outras gestoras de ativos alternativos recorreram a estratégias financeiras criativas para obter liquidez para os investidores de fundos que têm recebido distribuições insignificantes nos últimos anos.
Muitos desses métodos utilizam o mercado secundário, o que pode envolver a transferência de ativos existentes para novos veículos.
O veículo de 2014 faz parte de uma série de fundos da Blackstone que adquirem participações minoritárias em outras gestoras financeiras, geralmente em troca de uma parte das taxas de administração, lucros e ganhos do gestor do fundo.
Na última década, a Blackstone também investiu na empresa de private equity GTCR, com sede em Chicago, e na empresa de aquisições de médio porte Sentinel Capital Partners.
A posse de participações em concorrentes tornou-se mais popular na última década.
Várias empresas de mercados privados venderam partes de si mesmas a outras gestoras para obter capital extra a ser usado em novas estratégias, planejamento de sucessão, expansão global e até mesmo para pagar os fundadores.
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A Blackstone, a Petershill Partners e a Blue Owl Capital estavam entre as primeiras empresas que adquiriram participações minoritárias em gestoras de fundos alternativos, com a aposta de que seus ativos e taxas cresceriam à medida que as pensões e os fundos patrimoniais inundassem o patrimônio privado em busca de retornos.
Embora as participações em gestoras de fundos prometam um fluxo de taxas, pode ser difícil sair delas.
Diferentemente dos investimentos em outros tipos de empresas, a maioria dessas participações é minoritária e difícil de ser vendida aos poucos. Além disso, os parceiros de private equity se reservam o direito de determinar seus novos proprietários.
As conversas da Blackstone com possíveis compradores estão em andamento e podem mudar com base nas negociações com os compradores.
A unidade da Blackstone que compra outros gerentes começou como um braço de tomada de controle de fundos de hedge antes de mudar seu foco para empresas de mercados privados.
No ano passado, a empresa transferiu o grupo da unidade de investimentos em fundos de hedge, agora conhecida como Blackstone Multi-Asset Investing, para sua unidade de investimentos secundários.
Se o negócio se concretizar, isso mostrará que a equipe está aproveitando as conexões com os compradores do braço secundário, conhecido como Strategic Partners, que administra cerca de US$ 90 bilhões.
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