Banco Master tem liquidação decretada e Daniel Vorcaro é preso pela Polícia Federal

Liquidação extrajudicial foi decretada nesta manhã de terça-feira (18) pelo Banco Central, e o Master ficará sob administração especial; banqueiro foi detido horas após anúncio de venda do banco a um consórcio com a Fictor e investidores árabes

Sede do Banco Master, em São Paulo
Por Bloomberg Línea
18 de Novembro, 2025 | 07:59 AM

Bloomberg Línea — O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, segundo informações na manhã desta terça-feira (18).

A liquidação extrajudicial se estende a outras empresas associadas, como Banco Master Múltiplo, Banco Master de Investimento, Banco Letsbank e Master S/A Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários.

PUBLICIDADE

Em paralelo, o banqueiro Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, foi preso pela Polícia Federal, segundo informações da Bloomberg News, citando fontes com acesso ao caso.

O Master ficará sob administração especial em caráter extraordinário.

Leia mais: Banco Master, de Daniel Vorcaro, é vendido para consórcio com Fictor e grupo árabe

PUBLICIDADE

A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada pelo Banco Central como liquidante extrajudicial, com amplos poderes para administrar e representar as instituições durante o processo.

Com o decreto de liquidação, os bens dos controladores e dos ex-administradores das empresas, incluindo Daniel Vorcaro, ficam indisponíveis, como parte das medidas adotadas pelo Banco Central.

No fim da tarde de segunda-feira (17), o Master havia anunciado ao mercado a venda integral de seu capital para um consórcio formado pela Fictor e por um grupo não revelado de investidores dos Emirados Árabes Unidos.

PUBLICIDADE

Procurada pela reportagem, a assessoria do Master não respondeu imediatamente ao pedido de comentários sobre a prisão do banqueiro e a liquidação da instituição.

Operação Compliance Zero

Sem citar diretamente o Master, a Polícia Federal divulgou em nota ter deflagrado hoje a Operação Compliance Zero para investigar a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras.

A ação cumpre sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão no Rio, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

PUBLICIDADE

Segundo o comunicado, as investigações, iniciadas em 2024 por requisição do MPF (Ministério Público Federal), apuram a criação de carteiras de crédito fraudulentas que foram vendidas a outro banco e substituídas por ativos sem avaliação técnica após fiscalização do Banco Central, configurando crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.

-- Em atualização.

-- Com informações da Bloomberg News.