Bloomberg — A Azul obteve aprovação judicial para um plano de financiamento apoiado por detentores de títulos, que se tornarão os principais acionistas da companhia aérea após a reestruturação.
“É um elemento fundamental para o andamento do caso”, disse o juiz Sean H. Lane na audiência de terça-feira (4) em Nova York.
Ele também aprovou a declaração de divulgação da Azul na audiência, que detalhou as reivindicações e interesses dos credores, abrindo caminho para que a empresa busque a confirmação de seu plano de recuperação sob o Chapter 11.
A oferta de direitos de US$ 650 milhões será aberta a detentores de títulos de primeira e segunda garantia, com alguns desses credores concordando em garantir totalmente o plano em troca de uma backstop fee de 14%, segundo registros anteriores.
A Azul (AZUL4) tinha cerca de US$ 1 bilhão em notas de primeira garantia e US$ 510 milhões em dívidas de segunda garantia pendentes quando entrou em processo de recuperação judicial em maio.
Leia também: Azul chega a acordo com credores sem garantia em plano no Chapter 11 nos EUA
Os credores ficariam com cerca de 72,3% do capital da empresa reorganizada, sendo que os detentores de títulos de primeira garantia deteriam a participação majoritária. O plano implica um enterprise value de aproximadamente US$ 5,5 bilhões, segundo uma nota da Bloomberg Intelligence.
A Azul havia divulgado um plano de captação de capital para reforçar sua liquidez quando entrou com o Chapter 11. Além dos detentores de títulos, os investidores estratégicos American Airlines e United Airlines concordaram em investir até US$ 300 milhões em novo capital.
A empresa tinha mais de US$ 3 bilhões em dívidas financeiras e US$ 3 bilhões em obrigações de arrendamento. O tribunal já aprovou um acordo com a AerCap, no qual a arrendadora concordou em não prosseguir com determinadas reivindicações.
Entre os principais detentores de títulos de um grupo ad hoc estão BlackBarn Capital, Readystate Asset Management, Whitebox Advisors e DSC Meridian Capital, entre outros, segundo um documento apresentado em agosto.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
CEO da Embraer diz que crise de supply chain ‘acabou’, mas mantém projeção cautelosa
Latam prevê 35 novos destinos em 2026 com frota encomendada à Embraer, diz CEO
‘Magnata dos jatos’ faz fortuna de US$ 1,5 bilhão com modelo de aluguel de aeronaves
© 2025 Bloomberg L.P.
