Bloomberg — A Nissan está se concentrando em ajudar a si mesma, aumentando a liquidez antes de considerar parcerias com outras empresas, disse o CEO Ivan Espinosa.
A Nissan tem mais de ¥ 2,2 trilhões (US$ 15,1 bilhões) no banco e linhas de crédito comprometidas, disse Espinosa na quinta-feira, acrescentando que a montadora japonesa está em uma posição de negociação melhor agora do que antes de ele assumir o cargo.
“A posição de caixa da empresa é boa”, disse ele durante uma conferência do setor automotivo em Londres. “Por enquanto, precisamos de autoajuda, não podemos ir e depender de ninguém.”
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Espinosa, 46 anos, tem pela frente a difícil tarefa de reverter a situação da Nissan, depois que os esforços para se associar à Honda, empresa japonesa de maior porte, fracassaram no início deste ano.
Este mês, o CEO acelerou a reestruturação, prometendo fechar sete fábricas e cortar 20.000 postos de trabalho, medidas que visam reduzir os custos em ¥500 bilhões.
O fracasso das negociações com a Honda levou à demissão do ex-CEO Makoto Uchida, que disse que iria ser “difícil sobreviver” sem algum tipo de parceria.
Espinosa disse na quinta-feira que a maior liquidez da Nissan fortalece seu posicionamento em qualquer negociação de parceria futura.
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Para o longo prazo, a empresa ainda está aberta a parcerias e está analisando montadoras tradicionais e não tradicionais, bem como empresas de tecnologia, sendo os EUA e o Japão regiões-chave, disse o CEO.
“O que estamos tentando fazer é não sermos reféns de nenhum parceiro”, disse Espinosa aos participantes da cúpula do Financial Times Future of the Car. “O que estamos buscando é ter os parceiros certos para o futuro.”
-- Com a ajuda de Craig Trudell.
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