À prova de crise? Ferrari tem alta de 13% nas receitas com demanda por supercarros

Receita líquida subiu para € 1,79 bilhão no primeiro trimestre; empresa mantém o guidance, apesar de temores com tarifas

Resultados sugerem que a Ferrari permanece relativamente resistente aos problemas de demanda que assolam seus pares. (Foto: Yuki Iwamura/Bloomberg)
Por Daniele Lepido
06 de Maio, 2025 | 01:08 PM

Bloomberg — Os resultados financeiros da Ferrari subiram no primeiro trimestre, uma vez que o fabricante vendeu mais de seus supercarros mais caros e a demanda por personalizações cresceu.

A receita líquida subiu 13% para € 1,79 bilhão em relação ao ano anterior, devido ao aumento das vendas na Europa e nas Américas, informou a empresa nesta terça-feira (6).

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O Ebitda aumentou 15%, com ambos os números praticamente em linha com as expectativas dos analistas.

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Os resultados sugerem que a Ferrari permanece relativamente resistente aos problemas de demanda que assolam seus pares, que também enfrentam custos adicionais das tarifas dos Estados Unidos. A empresa confirmou seu guidance (projeção) para o ano.

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As ações da Ferrari caíram 0,3% a partir das 13h09 em Milão. A ação caiu cerca de 1% este ano.

A Ferrari vende cerca de um em cada quatro carros nos Estados Unidos, seu maior mercado. A empresa disse em março que planeja aumentar os preços de alguns de seus modelos no mercado em até 10% para lidar com as taxas do presidente Donald Trump.

Embora os embarques globais da Ferrari tenham aumentado 1% no período, eles foram prejudicados por uma queda contínua na região da China continental, onde suas vendas caíram 25% em meio à demanda silenciosa por carros de luxo ocidentais.

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O fraco desempenho da Ferrari nessa região segue-se a uma queda de 21% nas vendas no quarto trimestre.

A Ferrari está menos exposta ao mercado chinês do que alguns de seus pares. A empresa limitou as vendas na região a 10% do total de remessas porque as tarifas locais pesam sobre as margens.

Ainda assim, a fabricante poderia repensar seu limite para buscar oportunidades à medida que a demanda por veículos elétricos de luxo cresce, disse o CEO Benedetto Vigna no início deste ano.

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