Bloomberg — A Vista Capital, que tem mais de R$ 5 bilhões sob gestão, voltou a adicionar exposição aos ativos brasileiros após a correção dos preços em agosto, “em grande parte explicada pelo ambiente internacional mais hostil aos mercados emergentes”, disse o fundo, em carta a cotistas.
A Vista recompôs sua “exposição reduzida em julho” em ativos brasileiros, “com destaque para renda variável”. O real e o Ibovespa recuaram 4,6% e 5,1%, respectivamente, no mês passado, enquanto o rendimento das NTN-Bs — títulos indexados à inflação e que remuneram um juro real — que vencem em 2028 avançou mais de 15 pontos-base.
Apesar das dúvidas sobre a situação fiscal de médio prazo do Brasil, as recorrentes surpresas positivas da atividade econômica e a evolução benigna da inflação e das contas externas “são fatores dominantes”, segundo a Vista.
Além disso, o aumento recente do preço dos combustíveis pela Petrobras e “embrionária entrada” da reforma administrativa demonstram que há limites à reversão da agenda microeconômica, disse a gestora carioca.
“O establishment político de centro-direita está respondendo às pressões para que o ajuste fiscal não recaia integralmente sobre a carga de impostos, o que parece ser a intenção do atual governo”, afirmou.
O fundo multimercado macro Vista Multiestrategia caiu 1,88% após taxas em agosto e registra avanço de 47% nos últimos três anos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A Vista foi criada em 2014 por João Landau e João Lopes.
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