Morgan Stanley recomenda ações defensivas com fim do ciclo de aperto do Fed

Para estrategistas do banco liderados por Michael Wilson, empresas com caixa alto e dívida baixa deverão puxar o desempenho das ações americanas

Morgan Stanley signage is displayed at their headquarters in New York, U.S. Photographer: Peter Foley/Bloomberg
Por Michael Msika
11 de Setembro, 2023 | 11:47 AM

Bloomberg — Os investidores devem se posicionar para a fase final do ciclo de juros do Federal Reserve com uma carteira de ações defensivas dos setores industrial e de energia, segundo estrategistas do Morgan Stanley (MS) liderados por Michael Wilson.

Em meio a expectativas de que o Fed faça uma pausa ou reverta sua postura hawkish, fatores mais conservadores como caixa alto e dívida baixa começam a puxar o desempenho das ações americanas, disse Wilson. Ele reiterou sua opinião de que os preços dos papéis ainda não refletem o risco de uma recessão.

“Como é típico nesses períodos, a expansão dos múltiplos de preço foi além do nível ditado pelos fundamentos macroeconômicos e pelo valor justo”, disse Wilson, cuja perspectiva negativa para o índice S&P 500 ainda não se concretizou este ano.

Wilson recomenda uma estratégia que combine ações de crescimento defensivas, industriais e de energia. O setor de saúde, em específico, deverá ter um bom desempenho, dadas suas características defensivas e de crescimento, especialmente depois de ter registado desempenho inferior ao do mercado este ano, acrescentou.

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As ações americanas têm oscilado sem uma direção definida desde o início de agosto, mas ainda sobem 16% no ano, com expectativas de que a economia dos EUA alcançará um pouso suave e que o Federal Reserve irá parar de subir os juros.

Mas essa visão tem sido desafiada por dados econômicos robustos e comentários relativamente hawkish de dirigentes do Fed.

Para alguns estrategistas, como Parag Thatte e Bankim Chadha do Deutsche Bank, o recuo de agosto faz parte de um padrão típico do mercado americano.

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Embora seja possível que o S&P caia mais, eles observam que o posicionamento dos investidores em ações nos EUA agora está próximo de neutro, ao contrário de julho, quando havia um posicionamento excessivo.

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