S&P 500 tem recorde com impulso tech; Ibovespa recua antes de pausa no Carnaval

Principal índice de ações da bolsa brasileira caiu 0,15%, aos 128.026 pontos, enquanto, nos EUA, o S&P 500 superou a marca de 5.000 pontos pela primeira vez no fechamento

After Hours
09 de Fevereiro, 2024 | 07:00 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou a sexta-feira (9) em queda de 0,15% aos 128.026 pontos, em dia de oscilações com ações de bancos e da Petrobras em queda. O volume de negociações foi reduzido (R$ 1.363.494.300) na última sessão antes da pausa para o Carnaval. A bolsa brasileira ficará fechada até a Quarta-feira de Cinzas (14) às 13h.

O dólar, por sua vez, era negociado a R$ 4,96, com queda de 0,82% no encerramento do pregão da bolsa depois do alívio com a revisão da inflação nos EUA, que não indicou alterações profundas.

A ação do Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,66% depois da apresentação do balanço na quinta (8) à noite. O Bradesco (BBDC4) teve o terceiro dia consecutivo de queda (-0,74%) desde que apresentou seus resultados aquém do esperado e o novo plano estratégico, e a MRV (MRVE3) subiu.

As ações da Totvs (TOTS3), que haviam liderado as quedas ontem, hoje subiram 3,31%.

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A ação preferencial da Petrobras (PETR4) caiu 1,34% depois da divulgação do relatório de produção do quarto trimestre, e a Vale (VALE3) também recuou (-0,44%).

Os papéis de maior valorização do Ibovespa foram:

  • Alpargatas (ALPA4) com 7,48%
  • MRV (MRVE3) com 6,87%
  • Casas Bahia (BHIA3) com 4,27%

Já os de pior desempenho foram:

  • Multiplan (MULT3) com -3,01%
  • Assaí (ASAI3) com -3,47%
  • 3R Petroleum (RRRP3) com -3,82%

As ações mais negociadas foram:

  • Magazine Luiza (MGLU3) com R$ 164.807.400.
  • Bradesco (BBDC4) com R$ 99.711.000.
  • Hapvida (HAPV3) com R$ 92.548.600.

No ano, o Ibovespa acumula queda de 4,59% até o pregão de hoje.

Exterior

Wall Street alcançou um novo marco, com o S&P 500 acima dos 5.000 pontos no fechamento de forma inédita em meio a um novo rali nas grandes empresas de tecnologia e as esperanças de que o Federal Reserve em breve poderá reduzir as taxas de juros, o que fortalece as perspectivas de lucros corporativos.

Encorajadas por apostas em um soft landing e no poder da inteligência artificial, as ações continuaram avançando, desafiando pessimistas e alertas sobre um mercado sobrecomprado.

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“O S&P 500 é o melhor indicador único da confiança no poder de ganhos das empresas americanas e na força da economia”, disse George Ball, presidente da Sanders Morris. “A direção do S&P 500 reflete se a economia e os lucros estão melhorando ou se deteriorando.”

A poucos dias da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de janeiro, que sai na terça (13), investidores respiraram aliviados com um relatório do governo — geralmente ignorado pelos mercados — que confirmou progressos na inflação no final de 2023.

Logo após os dados, os Treasuries subiram, mas rapidamente revertendo esse movimento. O rendimento de dois anos voltou aos níveis vistos antes da “mudança” de dezembro do Fed.

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse estar “totalmente focado” em levar a inflação de volta à meta, e sua colega de Dallas, Lorie Logan, afirmou não ver urgência em cortar as taxas.

“O mercado mudou e deixou de acreditar que o Fed seria seu salvador para decidir que não precisa de um salvador, com a economia o apoiando”, observou Donabedian.

Com cerca de dois terços da temporada de resultados trimestrais concluída, as empresas estão superando as expectativas.

Cerca de 80% das empresas do S&P 500 que divulgaram resultados nesta temporada de lucros surpreenderam positivamente, superando confortavelmente a média de 74% nos últimos 10 anos, de acordo com dados da Bloomberg Intelligence até sexta-feira pela manhã.

Analistas estão respondendo elevando as projeções.

Wall Street agora vê os lucros do quarto trimestre crescendo 6,5% em relação ao ano anterior para os membros do S&P 500, em média - o que seria o melhor nível desde meados de 2022 - e muito acima de uma modesta projeção de 1,2% no início de janeiro, de acordo com a BI.

- Com informações da Bloomberg News. Conteúdo elaborado com auxílio de dados automatizados da Bloomberg.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups