S&P 500 deve manter rali em julho, mas perder fôlego em agosto, segundo o Goldman

Apesar do otimismo para julho, especialistas do Goldman Sachs alertam para riscos de realização de lucros e desaceleração no segundo semestre

Mercado
Por Jan-Patrick Barnert
01 de Julho, 2025 | 11:00 AM

Bloomberg — O S&P 500 pode aumentar a alta este mês, impulsionado pela melhoria da liquidez, queda da volatilidade, diminuição dos temores de recessão e fatores sazonais, mas depois perderá força, de acordo com os especialistas do Goldman Sachs.

“Acreditamos que essa alta continuará nas próximas semanas, mas perderá força em agosto”, escreveram eles em uma nota aos clientes na segunda-feira.

PUBLICIDADE

O precedente histórico sugere que o S&P 500 pode continuar sua alta de 25% em relação às baixas de abril. A última vez que o índice de referência perdeu terreno durante o mês de julho foi em 2014.

Leia também: Apostas em cortes de juros nos EUA impulsionam fluxos para ETFs de emergentes

“Estamos entrando no mês mais forte para o S&P historicamente, julho traz um retorno médio de 1,67% desde 1928”, disseram os especialistas em fluxo do Goldman, que observaram que as duas primeiras semanas do mês são tradicionalmente o melhor período do ano para as ações.

PUBLICIDADE
(Fonte: Bloomberg)

O Goldman vê motivos além da sazonalidade para que a alta continue. Uma queda na volatilidade está ajudando os fluxos e o sentimento, e os investidores sistemáticos, que aplicam um conjunto de regras fixas ao escolher ações, têm muito capital para aplicar. Poderá haver cerca de US$ 80 bilhões em demanda de ações globais no próximo mês, de acordo com os especialistas em fluxo.

Leia também: Investidor que ‘antecipou’ quebra histórica nos EUA agora alerta para hype com IA

Enquanto isso, a liquidez melhorou. “Na recente alta, a capacidade de transferir riscos rapidamente se presta a negociações mais saudáveis”, escreveu a equipe do Goldman.

PUBLICIDADE

Houve também uma mudança de humor em Wall Street. As tensões no Oriente Médio arrefeceram, e o governo Trump parece estar fazendo progressos em dezenas de acordos comerciais.

Os investidores estão voltando sua atenção para possíveis cortes nas taxas de juros e desconsiderando os riscos de recessão.

(Fonte: Bloomberg)

Alguns riscos para a recuperação permanecem, já que o fôlego do mercado é estreito, as áreas de baixa qualidade tiveram desempenho superior e o posicionamento viu um aumento notável nos fluxos de alta.

PUBLICIDADE

Vários dados econômicos de alto perfil estão sendo divulgados, a começar pelos dados de emprego dos EUA nesta semana.

“A alta resultou no aumento dos lucros em posições compradas. Tanto a Nasdaq quanto a Russell 2000 são os destaques.

Leia também: Como o ‘Make America Great Again’ põe em risco os lucros corporativos nos EUA

Os lucros médios das posições aqui estão próximos de 5%, aumentando os riscos de realização de lucros no curto prazo, o que poderia dificultar novas altas”, escreveram os estrategistas do Citigroup em uma nota aos clientes.

Veja mais em bloomberg.com