Por que um salto repentino da volatilidade pode ser mau sinal para as ações dos EUA

Índice VIX, que mede a volatilidade do S&P 500 implícita nas negociações com opções, atingiu a marca de 17,42, o nível mais alto em dois meses

Índice VIX, que mede a volatilidade do S&P 500 implícita nas negociações com opções, atingiu o nível mais alto em dois meses
Por Jan-Patrick Barnert
03 de Agosto, 2023 | 11:53 AM

Bloomberg — A volatilidade do mercado acionário americano volta a preocupar, depois da queda desencadeada pelo corte da nota de crédito dos Estados Unidos. Isso não é um bom sinal para o desempenho do mercado, que não registra fortes oscilações desde março.

O índice VIX, que mede a volatilidade do S&P 500 implícita nas negociações com opções, atingiu a marca de 17,42 – o nível mais alto em dois meses. É um salto em relação à mínima de 12,7 na semana passada.

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Embora o indicador ainda esteja historicamente baixo, o salto inesperado desta semana pode fazer com que as forças de mercado por trás do rali deste ano mudem de direção.

“Finalmente vemos condições que podem provocar vendas automáticas ou desalavancagem”, disse Charlie McElligott, estrategista do Nomura. Ele acrescentou que os investidores precisam ficar atentos ao risco potencial de oscilações maiores, prejudiciais a estratégias sistemáticas sensíveis à volatilidade.

A retomada da volatilidade traz riscos para o mercado acionário

Investidores com foco em estratégias de controle de risco e volatilidade, que alocam sua exposição ao mercado de ações com base nas oscilações, estão entre os que sustentaram o rali do S&P 500 nos últimos meses.

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Agora, eles podem puxar o índice na direção oposta se o aumento da volatilidade forçar uma redução de exposição.

“O mercado espera menos volatilidade do que nós, pois está muito acima do que os indicadores antecedentes estão sinalizando”, disse Gerry Fowler, chefe de estratégia de ações europeias e estratégia global de derivativos do UBS.

“Não esperamos um pico de volatilidade até 2024, mas, mesmo assim, ela será maior do que o precificado pelo mercado atualmente à medida que o ambiente macro se deteriora.”

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-- Com a colaboração de Sagarika Jaisinghani.

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