Petróleo cai com adiamento de reunião da Opep+ que dificulta novos cortes

Grupo, que reúne a Opep e seus aliados, adiou o encontro que estava marcado para o fim de semana em meio a disputas sobre cotas para membros africanos, como Angola e Nigéria

O barril de Brent chegou a cair 1,7% nesta quinta-feira (23) em Londres
Por Yongchang Chin - Alex Longley
23 de Novembro, 2023 | 12:49 PM

Bloomberg — O petróleo caiu pelo segundo dia consecutivo em meio ao desentendimento dentro da Opep+, que forçou o grupo a adiar sua reunião e torna agora mais difícil possíveis cortes adicionais de produção.

O barril de Brent chegou a cair 1,7% nesta quinta-feira (23) em Londres, para US$ 80,55, após uma sessão volátil na quarta, em que os preços oscilaram mais de US$ 4 e fecharam em queda de 0,6%.

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O grupo, que reúne a Opep e seus aliados, adiou o encontro que estava marcado para o fim de semana em meio a disputas sobre cotas para membros africanos, como Angola e Nigéria.

Sinais de crescimento de produção fora do grupo alimentaram especulações de que o cartel decidiria por prolongar seus cortes ou possivelmente aprofundá-los.

Na Europa, há um excesso de oferta devido à uma combinação de demanda fraca e um grande fluxo de cargas dos Estados Unidos.

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A produção americana atingiu um recorde de 13,2 milhões de barris por dia, segundo dados semanais do governo. Enquanto isso, a Arábia Saudita, que tem capacidade para produzir cerca de 12 milhões de barris por dia, está produzindo apenas 9 milhões, segundo dados da Bloomberg.

Para Eric Lee, do Citigroup (C), o adiamento da reunião da Opep+ para o final do mês “aumenta o drama, mas provavelmente não o resultado”.

Ele ainda espera que a Arábia Saudita estenda seu corte voluntário de 1 milhão de barris durante o primeiro trimestre de 2024 e que os outros membros se comprometam amplamente em manter as atuais cotas ao longo do próximo ano.

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A volatilidade pré-reunião fez com que o mercado de opções assumisse um viés de baixa. Os prêmios pagos pelos operadores por contratos que lucram com a queda dos preços atingiram máximas de vários meses.

É uma reversão da tendência vista há um mês, quando a guerra entre Israel e o Hamas impulsionou a demanda por opções de compra que apostam na alta dos preços.

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