Otimismo com inflação leva Ibovespa a alta de 1,7%, e dólar cai a mínima em 14 meses

Na bolsa, ações do BTG Pactual (BPAC11) dispararam 12% após divulgação do resultado do segundo trimestre acima das expectativas dos analistas

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Bloomberg Línea — O pregão desta terça-feira (12) foi de otimismo no mercado brasileiro após a divulgação de dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, que alimentaram as expectativas de cortes de juros nos dois países.

O resultado foi uma alta de 1,69% no Ibovespa (IBOV), que alcançou os 137,914 pontos.

Já o dólar caiu 1,06%, para R$ 5,39 – menor valor desde 24 de junho de 2024.

No Brasil, os dados vieram abaixo do esperado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 0,26% em julho, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados oficiais mostraram que os preços ao consumidor aceleraram para 5,23% em julho em relação a um ano atrás.

O resultado veio abaixo de todas as previsões em uma pesquisa conduzida pela Bloomberg News que apontava uma mediana de 5,33%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em julho nos EUA. E, em base anual, o índice subiu para 3,1% ante a expectativa de 3%.

Os dados dentro do esperado tranquilizaram os investidores sobre as expectativas de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A porcentagem de agentes de mercado que esperam um corte já para a reunião de setembro subiu de 57,4% no mês passado para 92,2% nesta semana, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

Nas bolsas americanas, os principais índices fecharam em alta. Dow Jones subiu 0,50%, S&P500 teve alta de 1,13% e Nasdaq avançou 1,39% – com os dois últimos atingindo novos recordes de pontuação.

BTG Pactual (BPAC11) dispara 13%

Entre os destaques da bolsa brasileira, as ações do BTG Pactual (BPAC11) dispararam 13,12% após o banco divulgar seu balanço do segundo trimestre na manhã desta terça-feira.

O banco registrou lucro líquido recorde de R$ 4,2 bilhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 24,2% em relação ao período imediatamente anterior e de 42% em 12 meses.

Em meio a um cenário de juros ainda elevados, que têm pressionado o mercado de capitais, o banco expandiu tanto suas receitas, que chegaram a R$ 8,3 bilhões (alta de 38% em 12 meses), quanto sua base de clientes.

O resultado do lucro superou o consenso de estimativas dos analistas (R$ 3,7 bilhões), segundo a Bloomberg News.

O ROAE (Retorno sobre o Patrimônio Médio) alcançou 27,1% no trimestre, diante da performance das diferentes unidades de negócio do banco. No semestre, o indicador ficou em 25,1%, com receitas acumuladas de R$ 15,1 bilhões.

-- Com informações da Bloomberg News

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