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Na tarde do feriado de 9 de julho no estado com o maior peso na economia do país, a ameaça de Donald Trump depois efetivada em anúncio na rede social caiu como uma “bomba” com as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA.
Haverá um peso inegável e relevante se as taxas forem levadas adiante, como estimou a equipe de pesquisas do Goldman Sachs: a taxa média subiria 35,5 pontos percentuais, a maior elevação entre todos os países da América Latina.
Exportadores alertaram para perdas potenciais, e a reação inicial no mercado castigou ativos de empresas com exposição aos EUA e expressou o aumento do risco.
Impacto real à parte, um consenso que emergiu entre analistas pelo teor da carta de Trump é que a disputa não trata exatamente apenas de políticas comerciais e de economia (remetendo às avessas à célebre frase da eleição americana de 1992, do estrategista James Carville, da equipe de Bill Clinton, sobre o que definiria o vencedor: “It’s the economy, stupid”).
Ao exigir o fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e atacar a Justiça brasileira, o presidente americano expõs mais uma vez a sua Doutrina Trump de uso de tarifas para intimidar governos nacionais e alcançar outros objetivos, que sejam nesse caso preservar aliados no seu espectro político e evitar a ascensão de um bloco rival (Brics) na órbita da China.
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No radar dos mercados
Os futuros de ações dos EUA operam em queda nesta quinta-feira (10) em meio à incerteza sobre as políticas comerciais do governo Trump.
- Tarifa sobre o cobre. O presidente Donald Trump confirmou que os EUA irão impor uma tarifa de 50% sobre as importações de cobre a partir de 1º de agosto. A taxação afeta produtores de automóveis e eletrodomésticos. Ainda não foram divulgados detalhes sobre a aplicação da tarifa e possíveis isenções.
- Blackstone avança no crédito privado. A gestora firmou uma parceria com a seguradora britânica Legal & General para originar até US$ 20 bilhões em crédito privado nos próximos cinco anos. O foco está em operações com grau de investimento e soluções híbridas. A aliança visa atender clientes institucionais e individuais.
- Barry Callebaut vê desaceleração. Uma das maiores processadoras de cacau do mundo ajustou o seu guidance para o ano fiscal para uma queda de 7% no volume das vendas. A empresa também reduziu a estimativa de lucro operacional. As ações caíram até 10% em Zurique nesta quinta.
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🔘 As bolsas ontem (09/07): Dow Jones Industrials (+0,49%), S&P 500 (+0,57%), Nasdaq Composite (+0,95%), Stoxx 600 (+0,78%), Ibovespa (-1,31%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
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• Tarifa de Trump é demonstração de força para punir o Brasil por Brics, diz professor
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