Índices de Nova York fecham em queda com recuo de ações de tecnologia; EWZ sobe

Papéis da Nvidia e da AMD caíram depois que autoridades dos EUA restringiram a emissão de licença para a venda de chips aceleradores de IA para o Oriente Médio; ADRs da Petrobras sobem e as da Vale caem

After Hours
Por Rita Nazareth
30 de Maio, 2024 | 06:17 PM

Bloomberg Línea — Os principais índices de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira (30), em uma sessão influenciada pelo recuo das ações das empresas de tecnologia. O índice Nasdaq caiu 1,08%, o S&P 500 recuou 0,60% e o Dow Jones perdeu 0,86%.

O mercado brasileiro ficou fechado em razão do feriado de Corpus Christi. O EWZ, fundo de índice (ETF) de ações brasileiras negociado em Nova York, encerrou com alta de 0,50%. A ADR da Vale caiu 0,16% e a da Petrobras subiu 1,42%. A do Itaú subiu 0,25%.

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Os papéis da Nvidia (NVDA) e da Advanced Micro Devices (AMD) caíram depois que autoridades dos Estados Unidos restringiram a emissão de licenças para fabricantes de processadores para venderem remessas em grande escala de chips aceleradores de inteligência artificial (IA) para o Oriente Médio, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News. A Salesforce (CRM) caiu 19,7% após divulgar um guidance considerado fraco por analistas.

Investidores também repercutiram novos indicadores econômicos, antes da divulgação na sexta-feira do Índice de Consumo de Despesas Pessoais (PCE, na sigla em inglês), principal indicador de inflação acompanhado pelo Federal Reserve.

Dados divulgados nesta quinta mostraram que a economia dos EUA cresceu em um ritmo mais lento do que o calculado anteriormente, de acordo com a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Tanto o consumo das famílias quanto a inflação foram revisados para baixo.

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O PIB anualizado cresceu 1,3% nos primeiros três meses do ano, abaixo da estimativa anterior de 1,6%, mostraram os dados do Bureau of Economic Analysis publicados na quinta-feira. O principal motor de crescimento da economia — os gastos pessoais — avançou 2,0%, contra a estimativa anterior de 2,5%.

O esfriamento poderia fortalecer o argumento para o Fed começar a cortar a taxa de juros este ano. Mas também pode implicar um consumo mais fraco, e eventualmente se tornar uma preocupação para as empresas americanas.

“Os dados econômicos de hoje são uma faca de dois gumes”, disse Chris Zaccarelli da Independent Advisor Alliance.

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O presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse que espera que a inflação continue caindo na segunda metade deste ano, acrescentando que os juros elevados estão restringindo a economia.

De acordo com a projeção de economistas, o PCE, principal indicador de inflação do Fed, tende a mostrar algum alívio modesto das pressões inflacionárias nesta sexta, corroborando a prudência dos banqueiros centrais sobre o timing dos cortes de taxas de juros.

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