Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera em terreno positivo nesta segunda-feira (13). O desempenho faz parte de uma recuperação global dos ativos de risco e da renda variável após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suavizar as ameaças feitas à China na última sexta-feira (10).
O principal índice da B3 subia 0,95% por volta das 11h, aos 142.020 pontos – na véspera, o índice havia recuado 0,7%.
Já o dólar recuava depois de ter disparado 2,4% na última sexta-feira. Neste início de semana, a moeda recuava 0,47% contra o real no mesmo horário, cotada a R$ 5,48.
Os movimentos ocorrem após Trump ter escrito em sua rede social, Truth Social, que “tudo ficaria bem” na relação entre EUA e China.
A declaração foi dada no domingo, dois dias depois da ameaça de um “aumento massivo nas tarifas” impostas a Pequim em resposta aos recentes controles de exportação.
“Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O respeitadíssimo Presidente Xi acaba de passar por um momento ruim. Ele não quer uma depressão para o seu país, e eu também não”, escreveu Trump. “Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la.”
Após Trump sinalizar abertura para um acordo com Pequim, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, declarou no domingo que o resultado “dependeria da resposta chinesa”.
Horas depois, o Ministério das Relações Exteriores da China deixou claro que Pequim seguiria os próximos passos de Washington, após já ter desencadeado o que considerou ações retaliatórias.
“Se os EUA continuarem no caminho errado, a China tomará firmemente as medidas necessárias para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, em comunicado.
As autoridades chinesas ainda não retaliaram à ameaça de Trump de impor tarifas de 100% sobre suas últimas restrições à exploração de terras raras, anunciada para o dia 1º de novembro.
No Brasil, investidores monitoram a agenda fiscal após a Câmara derrubar, na última quarta-feira (8), a medida provisória (MP) alternativa à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida apresentada pelo governo tinha como objetivo equilibrar as contas públicas.
Leia também
EUA e China testam resiliência dos mercados em novo capítulo da guerra comercial
BofA vê 2026 mais desafiador para bancos em LatAm ante impacto de eleições