Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) mantém a tendência de alta nesta quarta-feira (3), enquanto a bolsa avança rumo a um novo recorde após ultrapassar, na véspera, a marca dos 161.000 pontos pela primeira vez.
O principal índice da B3 subia 0,44% por volta das 11h, aos 161.799 pontos.
Já o dólar tem mais uma sessão de queda, recuando 0,27% e cotado a R$ 5,32 no mesmo horário.
Após um início de queda no primeiro dia do mês, os mercados viraram para alta na véspera e seguem com ganhos nesta quarta-feira, no que pode ser o início de um rali de final de ano, apoiado na expectativa de corte de juros nos Estados Unidos.
O mercado está atento à próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que será tomada no próximo dia 10 de dezembro, e a expectativa é de um novo corte ainda neste ano.
A leitura ganhou força após a divulgação de dados de emprego nesta quarta-feira, que mostraram uma diminuição de 32.000 no número de empregos no setor privado, enquanto pesquisa da Bloomberg apontava para um aumento de 10.000 vagas.
“No momento, os dados indicam a necessidade de novos cortes na taxa de juros do Fed. A demanda por mão de obra nos EUA está fraca, o consumo está mostrando sinais iniciais de desaceleração e os riscos de alta para a inflação estão diminuindo”, afirmou Elias Haddad, da Brown Brothers Harriman & Co, à Bloomberg News.
Segundo plataforma do CME Group, atualmente 88,8% dos investidores aguardam novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juro americana na próxima reunião, o que levaria os juros para o patamar entre 3,50% e 3,75% ao ano.
Os futuros do S&P500 avançavam 0,26% por volta das 11h, enquanto os de Nasdaq e Dow Jones tinham altas respectivas de 0,20% e 0,21%.
No cenário interno, os investidores também reagem às perspectivas para as eleições presidenciais de 2026 após a divulgação, na véspera, de pesquisa da AtlasIntel realizada para a Bloomberg News.
Em uma simulação de segundo turno com o atual presidente Lula, Tarcísio de Freitas ganhou terreno e aparece apenas dois pontos percentuais atrás. O governador de São Paulo é um dos nomes mais desejados pelo mercado nas eleições presidenciais do próximo ano, embora tenha negado até agora que irá disputar a presidência.
-- Com informações da Bloomberg News.
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