Ibovespa sobe com ganhos de Vale e Bradesco em dia de recorde em Nova York

Índice brasileiro teve avanço de 0,16% nesta quinta-feira; em Nova York, Nvidia dispara e faz S&P 500, Nasdaq e Dow Jones bateram recorde

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22 de Fevereiro, 2024 | 06:41 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) perdeu impulso no fim do pregão e fechou a sessão com ganhos de 0,16%, aos 130.241 pontos, nesta quinta-feira (22), se descolando do otimismo nos mercados internacionais que fez o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones fecharem na máxima histórica. Já o dólar (USDBRL) subia 0,51%, a R$ 4,96, no final do pregão.

Em Nova York, os resultados financeiros acima do esperado da fabricante de chips Nvidia (NVDA) animaram os investidores e impulsionaram as ações do setor de tecnologia. A empresa, que está no centro do frenesi em torno da inteligência artificial, divulgou fortes resultados no quarto trimestre e guidance acima do esperado na véspera.

A Nvidia projeta uma receita para o trimestre atual de US$ 24 bilhões. Os analistas previam, em média, US$ 21,9 bilhões. As ações da companhia subiram mais de 16%, elevando o valor de mercado da empresa em US$ 277 bilhões, para cerca de US$ 1,94 trilhão, o maior avanço na história em um único dia no mercado americano.

No Brasil, o avanço do Ibovespa foi impulsionado principalmente pelas ações da Vale (VALE3) e do Bradesco (BBDC4). Os papéis da mineradora subiram antes da divulgação do balanço trimestral, após o fechamento do mercado nesta quinta, acompanhando o aumento da cotação internacional do minério de ferro.

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Já as ações do Bradesco subiam depois que uma subsidiária do banco no México receber autorização do Banco Central e da Comissão Nacional Bancária e de Valores (CNBV) do México para concluir a compra da Ictineo, segundo o Estadão Brodcast. A aquisição abre caminho para os planos do Bradesco para avançar no mercado mexicano como um banco digital. O México também é alto de disputa de fintechs e outras empresas do ramo, como o Nubank (NU).

A queda das ações da Petrobras (PETR3, PETR4) e dos bancos Itaú Unibanco (ITUB4) e do Banco do Brasil (BBAS3), que subiram nos últimos pregões, limitou os ganhos do Ibovespa.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) caiu após a divulgação do balanço e ficou entre as maiores quedas do dia, assim como a Weg (WEGE3), Cosan (CSAN3) e JBS (JBSS3).

A JBS disse nesta quinta que sua listagem planejada nos EUA provavelmente será adiada para o segundo semestre, dado que trabalha para permitir que mais investidores votem sobre a medida.

A maior empresa produtora de carnes do mundo planeja apresentar um novo formulário de registro à Securities and Exchange Commission (SEC) após a divulgação de seus resultados em 26 de março, segundo o CFO, Guilherme Cavalcanti.

A medida, destinada a permitir que os proprietários de ADRs (American depositary receipts) da JBS votem na transação, significa que é “improvável” que a companhia de processamento de alimentos tenha tempo para obter a aprovação da proposta pelos acionistas antes do final de junho.

Na agenda do dia, o relatório Focus, do Banco Central, elevou as estimativas para o Produto Interno Bruno (PIB) e agora aponta para expansão de 1,68% em 2024, ante estimativa anterior de 1,60%.

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A projeção para o dólar também foi elevada, de R$ 4,92 para R$ 4,93 no fim deste ano. Já para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os economistas consultados pelo BC veem alta de 3,81% em 2024, ante 3,82% no levantamento anterior.

Os papéis de maior valorização do Ibovespa foram:

  • Magazine Luiza (MGLU3) com 7,65%
  • Braskem (BRKM5) com 6,35%
  • Hapvida (HAPV3) com 5,60%

Já os de pior desempenho foram:

As ações mais negociadas foram:

  • Magazine Luiza (MGLU3) com R$ 224.640.000.
  • Hapvida (HAPV3) com R$ 55.336.600.
  • Bradesco (BBDC4) com R$ 42.741.200.

No ano, o Ibovespa acumula queda de 2,94% até o pregão de hoje.

--- Conteúdo elaborado com auxílio de dados automatizados da Bloomberg. Com informações da Bloomberg News.

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