Bloomberg Línea — Depois de afundar 2,4% na véspera, o Ibovespa (IBOV) volta a operar em queda nesta quarta-feira (17).
Os mercados ainda estão se mostrando estressados diante das perspectivas para o cenário eleitoral, que favorecem uma reeleição do atual presidente Lula, frustrando expectativas por alternância de poder.
O principal índice da B3 caía 1,09% por volta das 11h15, aos 156.843 pontos. O movimento de aversão a risco também impacta o câmbio, com o dólar comercial subindo 0,75% contra o real e cotado a R$ 5,51 no mesmo horário.
A alta dos juros futuros prejudica a renda variável e principalmente as ações mais associadas à economia local.
Entre as ações do Ibovespa, apenas 76 dos 86 papéis do índice operavam em baixa. A lanterna do índice é da construtora Direcional (DIRR3), que afunda 4,93%.
Na ponta positiva, commodities se destacam em alta. Suzano (SUZB3) lidera os ganhos subindo 1,31% seguida pela Vale (VALE3), com alta de 0,81%.
O dia é de ganhos também para a Petrobras (PETR4), que sobe 0,52% acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional.
A commodity sobe 1,81% após o presidente americano, Donald Trump, ordenar o bloqueio total dos petroleiros sob sanção ao redor da Venezuela.
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No cenário político, investidores ainda repercutem a pesquisa da Genial/Quaest divulgada na terça-feira (16) mostrou que, em um segundo turno, o atual presidente Lula venceria Flávio Bolsonaro por 46% a 36%, resultado próximo ao observado contra Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, diante de quem o petista teria vantagem de 45% a 35%.
O levantamento indica ainda que 62% dos eleitores não votariam no filho de Jair Bolsonaro de jeito nenhum.
No exterior, os futuros das ações dos EUA operam em alta, no dia seguinte à divulgação do payroll de novembro, que mostrou criação de empregos acima do esperado.
Os futuros do S&P500 sobem 0,26% por volta das 11h15, enquanto os do Dow Jones e Nasdaq têm altas de 0,25% e 0,33%, respectivamente.
-- Com informações da Bloomberg News.
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