Ibovespa recua com investidor atento ao Oriente Médio; Brent cai para US$ 76

Índices em Nova York avançam nesta segunda (23) mesmo após notícia de disparo de mísseis pelo Irã contra base americana no Catar, que acabaram interceptados pela defesa antiaérea

Apesar das notícias, os investidores tendem a minimizar choques geopolíticos, a menos que afetem grandes cadeias de suprimento (Foto: Gaby Oraa/Bloomberg)
23 de Junho, 2025 | 11:30 AM

Bloomberg — O Ibovespa continuava a operar em queda nesta segunda-feira (23).

Por volta das 14h30, o índice recuava 0,83%, no patamar de 136.000 pontos, enquanto o dólar operava perto da estabilidade, a R$ 5,51.

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Os índices de ações em Nova York operavam com ganhos perto de 0,50% no mesmo horário, mesmo com a notícia de que o Irã disparou mísseis contra uma base americana no Catar - a maior do país no Oriente Médio.

Segundo o governo do Catar, os mísseis foram interceptados e não houve vítimas.

Os investidores acompanham o conflito no Oriente Médio, sobretudo a expectativa de que a resposta imediata do Irã aos bombardeios dos EUA não deva interromper de forma significativa o tráfego de petróleo na região.

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O preço do barril do petróleo Brent caía perto de 4%, a US$ 73.

“O ponto-chave será se haverá um fechamento do Estreito de Hormuz. Esse não é o nosso cenário-base”, disse Francisco Simon, chefe de estratégia para a Europa da Santander Asset Management, à Bloomberg News.

“A evolução do conflito nos próximos dias e semanas deve manter o mercado dentro de uma faixa.”

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Apesar das notícias, os investidores tendem a minimizar choques geopolíticos, a menos que afetem grandes cadeias de suprimento ou provoquem uma resposta fiscal ou monetária.

Com os dados econômicos ainda sólidos e nenhuma interrupção visível nas rotas de navegação até o momento, os investidores parecem estar ignorando os riscos das manchetes, no mais recente teste para os otimistas de Wall Street em um ano marcado por tarifas e tensões cross-border.

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“Apesar das manchetes alarmantes, não estamos vendo aumento nos preços do petróleo nem elevação das tensões geopolíticas nos mercados, já que os temores de que o conflito se espalhe permanecem baixos”, disse Tom Essaye, da The Sevens Report.

“A menos que os investidores passem a temer que o conflito se espalhe e envolva toda a região, reduzindo drasticamente a oferta de petróleo, o aumento das tensões geopolíticas não será um fator negativo relevante.”

-- Com informações da Bloomberg News.

-- Em atualização.

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