Ibovespa recua com Petrobras e cautela externa, apesar de ganhos da Vale

Falas de membros do Federal Reserve e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, serão monitoradas em busca de pistas sobre rumo dos juros

Queda das ações da Petrobras contribuíam para perdas no índice
17 de Maio, 2024 | 10:39 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recua nesta sexta-feira (17), em mais um dia de queda para as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que já caem por três dias consecutivos na bolsa após a decisão do presidente Lula de substituir o presidente da estatal.

Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o índice tinha baixa de 0,25%, aos 127.966 pontos. As perdas eram limitadas pela alta das ações da Vale (VALE3), que subiam cerca de 0,6% no mesmo horário. O dólar, por sua vez, recuava 0,16%, a R$ 5,12.

Por aqui, o mercado segue monitorando a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, tentando estimar o impacto na trajetória de curto prazo da relação entre dívida e PIB do país.

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Falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também serão monitoradas em busca de sinais sobre o rumo da taxa Selic. O mercado tem elevado suas projeções para a taxa básica no fim do ano junto com as expectativas de uma inflação mais alta.

Em Brasília, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou um acordo para a desoneração da folha de pagamentos.

No exterior, o sentimento é de cautela, refletindo uma reavaliação das expectativas de cortes de taxas nos EUA para apenas uma redução em 2024.

Vários formuladores de políticas monetárias do Federal Reserve disseram que o BC americano deve manter os custos de empréstimos mais altos por mais tempo, enquanto aguardam mais evidências de que a inflação está recuando.

Com isso, novos comentários de membros do Fed, como Mary Daly e Christopher Waller, serão acompanhados de perto nesta sexta.

Destaque ainda para a China, onde o governo de Xi Jinping lançou o conjunto de medidas mais forte até agora para resgatar o setor imobiliário, com melhores condições de financiamento para os mutuários e um programa estatal de compra das unidades que as incorporadoras não conseguem vender.

-- Com informações da Bloomberg News

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.