Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recua nesta terça-feira (30), em uma sessão de queda para as commodities e no primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A expectativa, segundo pesquisa da Bloomberg com 29 economistas, é por uma manutenção da taxa Selic em 10,50% pela segunda reunião seguida na quarta-feira (31). Os economistas também esperam que o Banco Central reforce a mensagem de cautela diante do impacto da alta do dólar e das incertezas fiscais sobre as expectativas inflacionárias.
Analistas consideram, inclusive, a possibilidade de alteração do balanço de riscos, que poderia ser entendida como sinal de elevação futura da taxa básica.
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Por volta das 16h (horário de Brasília), o principal índice de ações da bolsa brasileira cedia 0,59%, aos 126.213 pontos. A sessão é de queda para as ações da Vale (VALE3), da Petrobras (PETR3; PETR4) e para demais empresas ligadas às commodities. O dólar, por sua vez, subia 0,13%, a R$ 5,62.
Na agenda do dia, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou em julho, com variação de 0,61%, ante 0,81% em junho. Com esse resultado, o índice, considerado a inflação do aluguel, acumula alta de 1,71% no ano e de 3,82% nos últimos 12 meses.
No exterior, dados da economia da zona do euro e decisões de política monetária no Japão e nos Estados Unidos também estão no radar.
A economia da zona do euro cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre, à medida que a expansão resiliente em países-chave permitiu que a região superasse a contração surpresa da Alemanha.
O Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 0,3% nos três meses até junho, mantendo o mesmo ritmo do início do ano. O resultado superou a previsão mediana de 0,2% dos economistas, dado que tanto a França quanto a Espanha superaram as estimativas e a Itália continuou crescendo, compensando a queda de 0,1% na Alemanha.
Nos EUA, a expectativa é de que os formuladores de políticas monetárias mantenham as taxas inalteradas na quarta-feira (31). No entanto, os investidores esperam que as autoridades sinalizem um movimento em setembro, à medida que crescem os riscos de comprometer um mercado de trabalho sólido, mas em desaceleração.
No Japão, o iene enfraqueceu em relação a todos os seus pares do G-10 no primeiro dia de reunião do Banco do Japão. O mercado especula que o aperto da política seria lento demais para prejudicar a atratividade das operações de carry trade financiadas em ienes.
-- Atualização das cotações às 16h (horário de Brasília)
-- Com informações da Bloomberg News