Ibovespa opera com ganhos e dólar recua para R$ 6,04 após novo recorde

Investidores acompanham estado de saúde do presidente Lula, que passou por cirurgia de emergência; IPCA desacelera mas fica acima das expectativas

Commodities como o minério do ferro e o petróleo subiam nesta segunda (9) após sinalização de política monetária da China (Foto: Carla Gottgens)
10 de Dezembro, 2024 | 11:19 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) segue em recuperação no pregão desta terça-feira (11) e volta a subir após a alta de 1,00% na véspera. Às 13h03, o principal índice da bolsa brasileira avançava 0,64%, no patamar dos 128.000 pontos, com investidores no aguardo da tramitação do pacote fiscal.

No mesmo horário, o dólar comercial recuava 0,68%, cotado a R$ 6,041, em um movimento de ajuste. Ontem, a moeda americana alcançou um novo recorde nominal, de R$ 6,08.

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O movimento era contrário ao registrado pelo DXY, índice que avalia o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis divisas de países. O DYX avançava 0,25%.

Com inflação e cenário fiscal do radar, o dia é marcado também pelo acompanhamento do estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na noite de segunda-feira (9), Lula passou por uma craniotomia de emergência após uma hemorragia intracraniana, resultante da queda que sofreu no banheiro de sua casa em outubro.

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Segundo boletim emitido pelo Hospital Sírio-Libanês, onde o presidente está internado em São Paulo, ele segue sob observação na unidade de terapia intensiva e está em ‘boas condições’.

Outro ponto de atenção do dia é a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostrou desaceleração e ficou praticamente em linha com as projeções de analistas. O IPCA subiu 0,39% em novembro, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número representa uma desaceleração na comparação com o mês passado, quando o indicador subiu 0,56%. O resultado veio ligeiramente acima das expectativas do mercado, que esperava um avanço de 0,38% do indicador para o mês.

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Na agenda semanal, esta quarta-feira (11) marca a última reunião do ano do Copom, que indicará o rumo da taxa de juros do país. Economistas consultados pela Bloomberg News acreditam que o ajuste será de 0,75 ponto percentual para cima, o que levaria a taxa para 12,00% ao ano.

Leia mais: Com câmbio recorde e incerteza fiscal, mercado prevê alta de até 1 ponto da Selic

No exterior, os principais índices de ações americanos operam com leve alta, mas perto da estabilidade, em mais um indicativo que o rali da renda variável deu uma pausa neste final de ano.

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Embora Wall Street esteja a caminho de seu melhor ano desde 2019, os ganhos parecem ter desacelerado após uma série de máximas históricas nas últimas semanas.

Agora, o foco está totalmente no índice de preços ao consumidor dos EUA em novembro - o principal indicador de inflação do país será divulgado nesta quarta-feira (11).

O dado é o último com relevância a ser divulgado antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima semana. Qualquer sinal de que o progresso na inflação estagnou pode reduzir as chances de um terceiro corte consecutivo nas taxas.

- Com informações da Bloomberg News.

- Matéria atualizada às 13h05 com as informações do mercado.