Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) estendeu a tendência de alta nesta quarta-feira (3) e renovou o recorde nominal após ultrapassar, na véspera, a marca dos 161.000 pontos pela primeira vez.
O principal índice da B3 subiu 0,41%, aos 161.755 pontos, e chegou a encostar nos 162.000 pontos na máxima do pregão.
O Ibovespa subiu acompanhando o otimismo com a perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos e também apoiado por ações ligadas ao minério de ferro. Os papéis do setor avançaram de olho na China, que deve buscar crescimento de 5% no PIB em 2026 para combater a deflação no país.
A Vale (VALE3) subiu 3,23% e foi a ação com maior influência positiva para o Ibovespa no dia. Em variação, a maior alta ficou com a Usiminas (USIM5), que avançou 7,79%.
Já o dólar teve mais uma sessão de queda, recuando 0,33%, cotado a R$ 5,31.
No exterior, o movimento de alta continuou em meio à perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos ainda este mês. O mercado está atento à próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que será tomada no próximo dia 10 de dezembro.
A leitura ganhou força após a divulgação de dados de emprego nesta quarta-feira, que mostraram uma diminuição de 32.000 no número de empregos no setor privado, enquanto pesquisa da Bloomberg apontava para um aumento de 10.000 vagas.
“No momento, os dados indicam a necessidade de novos cortes na taxa de juros do Fed. A demanda por mão de obra nos EUA está fraca, o consumo está mostrando sinais iniciais de desaceleração e os riscos de alta para a inflação estão diminuindo”, afirmou Elias Haddad, da Brown Brothers Harriman & Co, à Bloomberg News.
Segundo plataforma do CME Group, atualmente 88,8% dos investidores aguardam novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juro americana na próxima reunião, o que levaria os juros para o patamar entre 3,50% e 3,75% ao ano.
O S&P500 avançou 0,30%, enquanto os de Nasdaq e Dow Jones tiveram altas respectivas de 0,17% e 0,86%.
-- Com informações da Bloomberg News.
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