Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou em leve alta nesta quinta-feira (30) depois de passar boa parte do pregão em queda, em meio ao sentimento negativo no exterior e à realização de lucros após o encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping.
O principal índice da B3 subiu 0,10%, próximo da estabilidade mas o suficiente para alcançar seu quarto recorde nominal consecutivo, aos 148.780 pontos.
Já o dólar se recuperou das baixas recentes e avançou 0,42%, cotado a R$ 5,38.

O acordo firmado entre EUA e China ainda está sendo avaliado pelos investidores. O governo americano decidiu suspender sanções a empresas chinesas e tarifas recíprocas, enquanto Pequim informou que adiará controle sobre exportações de terras raras e voltará a comprar soja dos EUA.
“Os mercados veem isso como uma trégua tática, e não como um acordo de longo prazo, o que significa que o cenário de médio prazo pode continuar volátil”, disse Anna Wu, estrategista da Van Eck Associates, à Bloomberg News.
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Temporada de balanços
No Brasil, as ações do Bradesco (BBDC4) caíram 3,88%, em reação ao balanço do terceiro trimestre da companhia divulgado na véspera.
O banco teve um lucro R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025 – dentro do esperado, mas com desaceleração em base trimestral e mostrando desafios no agronegócio.
Investidores aguardam os balanços de Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Ambev (ABEV3) e Telefônica (VIV3) após o fechamento do mercado.
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Nos Estados Unidos, as bolsas também recuaram de olho na temporada de balanços, com os índices pressionados pelas ações de Meta (META) e Microsoft (MSFT), que recuaram 11,33% e 2,92% respectivamente.
O Nasdaq teve a maior baixa do dia, de 1,58%. S&P500 teve queda de 0,99% e o Dow Jones recuou 0,23%.
A Meta teve queda de 83% no lucro do terceiro trimestre com a empresa alegando que uma provisão não-recorrente para imposto de renda, decorrente da lei fiscal “One Big, Beautiful Bill Act”, implementada por Donald Trump.
Investidores também estão se questionando se os altos investimentos da controladora do Facebook em infraestrutura de inteligência artificial trariam retorno.
Já a Microsoft apresentou resultados melhores do que o esperado para o seu primeiro trimestre fiscal, principalmente com um aumento de 40% na receita da sua plataforma de nuvem Azure. Porém, a CFO Amy Hood afirmou que o crescimento dos investimentos em bens de capital deverá acelerar em 2026, o que preocupa os investidores.
-- Com informações da Bloomberg News
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