Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou perto da estabilidade nesta quinta-feira (18) depois de três dias consecutivos de alta na esteira da decisão dos Estados Unidos em iniciar o ciclo de corte de juros.
O principal índice da B3 recuou 0,06%, aos 145.499 pontos. Na véspera, o Ibovespa bateu um novo recorde ao fechar aos 145.594 pontos.
O dólar subiu 0,33% contra o real, cotado a R$ 5,32.
Apesar de já ser esperada, a decisão de política monetária nos Estados Unidos estimulou o apetite por risco nos mercados.
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reduziu a taxa básica em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira, para o intervalo de 4,00% a 4,25%, e indicou a possibilidade de mais dois cortes até o fim do ano.
Apesar do alívio, o presidente da instituição, Jerome Powell, reforçou a preocupação com pressões inflacionárias ligadas às tarifas, e destacou que o banco central tem a responsabilidade de evitar que movimentos temporários de preços se transformem em inflação persistente.
Ele também adotou tom cauteloso ao falar sobre próximos ajustes, afirmando que as decisões deverão ser tomadas “reunião a reunião”. A próxima deliberação do Fed está marcada para 29 de outubro.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também seguiu as expectativas do mercado e manteve a taxa básica de juros inalterada em 15,00% ao ano na reunião encerrada no fim da tarde de quarta-feira.
A decisão foi tomada de maneira unânime pelo colegiado composto pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e outros oito diretores.
No comunicado que acompanhou a decisão, o Copom afirmou que “o cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária”.
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Destaques de ações
As ações da Intel (INTC) dispararam 22,7% nos EUA com a notícia de que a Nvidia (NVDA) vai investir US$ 5 bilhões na concorrente. As ações da empresa de Jack Ma também subiram, e fecharam em alta de 3,5%.
As companhias, outrora concorrentes pelo protagonismo do setor, vão desenvolver em conjunto chips para PCs e data centers, em uma aliança considerada surpreendente que ajudará a Nvidia a competir com a AMD no mercado de desktops e laptops.
As duas empresas não ofereceram um cronograma sobre quando as primeiras peças estarão à venda e disseram que o anúncio não afeta seus planos futuros individuais.
-- Com informações da Bloomberg News.
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