Ibovespa hoje: bolsa sobe e retoma os 160 mil pontos antes do Natal; dólar cai

Investidores avaliam divulgação da prévia do PIB e tiveram alívio com cancelamento de entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avançou e retomou os 160.000 pontos nesta terça-feira (23), em seu último pregão antes do feriado de Natal. A bolsa brasileira ficará fechada na quarta-feira (24) e na quinta-feira (25).

O principal índice da bolsa subiu 1,46%, aos 160.456 pontos.

Já o dólar recuou 0,95% depois de ter disparado quase 1% na véspera. A moeda americana devolveu parte dos ganhos e encerrou cotada a R$ 5,53.

Os movimentos de alta da bolsa e queda do dólar se intensificaram após o cancelamento, por motivos de saúde, da primeira entrevista que o ex-presidente Jair Bolsonaro daria da prisão.

A expectativa era de que Bolsonaro reforçasse a candidatura do filho Flávio, fator que tem causado incerteza nos mercados nos últimos dias.

O cancelamento trouxe alívio para investidores que temiam mais turbulências e possibilitou a forte alta em dia de baixa liquidez.

Investidores avaliaram ainda positivamente a divulgação do IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial do Brasil.

Os dados divulgados pela manhã mostraram que os preços ao consumidor aumentaram 4,41% no início de dezembro em relação ao ano anterior, em linha com a mediana das previsões dos analistas consultados pela Bloomberg. No mês, eles aumentaram 0,25%.

Nos Estados Unidos, os principais subiram antes do feriado – as bolsas NYSE e Nasdaq fecham mais cedo na quarta-feira e permanecem sem funcionamento no Natal.

O S&P500 teve alta de 0,46% e o Nasdaq de 0,57%, puxado pelo bom desempenho das ações de tecnologia.

A alta ocorreu a despeito da divulgação do PIB do terceiro trimestre, que veio mais forte que o esperado.

O indicador ajustado pela inflação subiu a uma taxa anualizada de 4,3% no período, seguindo uma alta de 3,8% no trimestre anterior.

A notícia reforça a leitura de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não precisará realizar mais de um corte de juros no próximo ano.

-- Com informações da Bloomberg News.

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