Bloomberg Línea — O dólar voltou a subir frente a outras moedas nesta terça-feira (14), após nova escalada nas tensões entre China e Estados Unidos, desta vez relacionadas à disputa sobre o transporte marítimo.
Frente ao real, a moeda estrangeira avançou 0,14% e fechou cotada a R$ 5,47, depois de alcançar o patamar de R$ 5,52 na máxima do dia.
O dia foi também de instabilidade para os principais índices de ações. No Brasil, o Ibovespa (IBOV) fechou estável, em leve alta de 0,07%, aos 141.683 pontos.
A China impôs sanções a cinco subsidiárias americanas da empresa marítima Hanwha Ocean, da Coreia do Sul, proibindo organizações e cidadãos chineses de fazerem negócios com as empresas afetadas.
Segundo o governo chinês, as sanções têm como objetivo fortalecer a segurança da China.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, acusou a China de tentar prejudicar a economia global em entrevista ao Financial Times, na segunda-feira (13).
Bessent disse que a recente ação de Pequim sinaliza sua fragilidade econômica, acrescentando que os líderes do país “querem puxar todos para baixo junto com eles”.
Os principais índices americanos reagiram negativamente às tensões, com o Nasdaq amargando a maior queda, de 0,76%. O S&P500 caiu 0,16%, enquanto o Dow Jones virou para alta e subiu 0,44%.
“A China pode precisar dos Estados Unidos muito mais do que o inverso, mas os EUA ainda precisam deles”, disse Matt Maley, da Miller Tabak, à Bloomberg News.
“Portanto, por mais que a temporada de balanços seja muito importante, a questão tarifária voltou a ser, de repente, o foco número um.”
O presidente americano Donald Trump ameaçou a China na última sexta-feira (10), com uma tarifa de 100% a partir de 1º de novembro, diante dos recentes controles de exportação impostos por Pequim.
-- Com informações da Bloomberg News
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