Ibovespa hoje: bolsa fecha estável em dia de feriado nos EUA; Raízen e Assaí avançam

Índice da B3 recuou 0,08%, aos 158.421 pontos, em uma sessão de liquidez reduzida com o mercado fechado em Nova York; dólar sobe a R$ 5,35

After Hours
27 de Novembro, 2025 | 06:35 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou perto da estabilidade nesta quinta-feira (27), em uma sessão de liquidez reduzida nos mercados globais por causa do feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA, que manteve as bolsas de Nova York fechadas.

O principal índice da B3 recuou 0,08%, aos 158.421 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões em alta. O dólar avançou 0,38% e encerrou o dia de negociações cotado a R$ 5,35.

PUBLICIDADE

Investidores no Brasil reagiram a dados de emprego que apontaram um esfriamento na geração de postos de trabalho formais em outubro, elevando as apostas em um corte de juros pelo Banco Central em janeiro.

Leia também: Emprego esfria no Brasil e alimenta apostas em corte de juros em janeiro pelo BC

O Brasil gerou 85.147 empregos no mês passado, uma queda acentuada em relação aos 213.002 de setembro, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (27).

PUBLICIDADE

Um mercado de trabalho aquecido tem sido um dos maiores obstáculos para o Banco Central em seus esforços para arrefecer a atividade econômica e trazer a inflação de volta à meta.

Fechamento 27/11/2025

Entre os ativos, as ações da Vale (VALE3) recuaram 0,38% e foram a maior influência negativa em volume.

Os papéis de bancos também pesaram no desempenho do Ibovespa. O Itaú Unibanco (ITUB4), o Banco do Brasil (BBAS3) e o Bradesco (BBDC4) caíram, enquanto o BTG Pactual (BPAC11) fechou perto da estabilidade. O Santander Brasil (SANB11) teve ganhos.

PUBLICIDADE

A Axia - ex-Eletrobras - (AXIA3), a Hapvida (HAPV3) e a Prio (PRIO3) recuaram e impediram uma alta do Ibovespa.

Na outra ponta, a Petrobras avançou, com as ações preferenciais (PETR4) subindo 0,53%. As ordinárias (PETR3) tiveram ganhos de 0,80%. A Vibra (VBBR3) subiu 2,04%, em dia de operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra a refinaria Refit em ação que investiga sonegação fiscal.

O Assaí (ASAI3) subiu com a notícia de que a família Muffato, dona de uma rede de supermercados e de atacarejo no Paraná, montou uma posição de 10% na empresa.

PUBLICIDADE

A Raízen (RAIZ4) fechou em alta de 2,47% com a notícia da Bloomberg News de que as empresas Mercuria e Vitol estão entre as finalistas para comprar uma refinaria e centenas de postos de gasolina na Argentina que a Raízen colocou à venda, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Exterior

No exterior, os principais índices da Europa e da Ásia registraram movimentos moderados, enquanto os mercados dos Estados Unidos permaneceram fechados pelo feriado de Ação de Graças. Os futuros do S&P 500 ficaram estáveis.

Um índice global de ações se manteve estável após quatro dias de alta, depois de uma recuperação impulsionada pelas apostas de que o Federal Reserve deve cortar os juros mais rápido do que se imaginava.

O MSCI All Country World Index quase não se moveu, depois de reduzir a queda acumulada em novembro para 0,4% nas últimas sessões. Há pouco mais de uma semana, o índice acumulava baixa de quase 4% no mês.

Em um sinal de volta do apetite ao risco, o bitcoin voltou a operar acima de US$ 91 mil pela primeira vez em uma semana. O dólar interrompeu uma queda de dois dias.

Os movimentos nas bolsas acompanharam o aumento das expectativas por cortes de juros pelo Fed. Os mercados agora atribuem cerca de 80% de probabilidade a um corte de 0,25 ponto no mês que vem e apostam em outros três até o fim de 2026.

Pouco mais de uma semana atrás, as projeções indicavam três cortes no total. O movimento também reflete um otimismo renovado após as preocupações com valuations esticadas em tecnologia terem pressionado as ações no início do mês.

-- Com informações da Bloomberg News

Leia também

Raízen avança para vender ativos acima de US$ 1 bilhão na Argentina, dizem fontes

De BofA a Morgan Stanley: Wall St mantém visão otimista para emergentes em 2026