Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em queda, na contramão de Nova York, influenciado pelo temor de investidores a mais sanções ao Brasil pelo governo de Donald Trump.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou a sessão com perdas de 0,52%, aos 145.109 pontos, o maior recuo diário desde 11 de setembro.
O dólar comercial (USDBRL), por sua vez, subiu e fechou cotado R$ 5,3388, com alta de 0,29%.
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As ameaças dos Estados Unidos ao Brasil voltaram ao radar depois que a Casa Branca decidiu aplicar sanções à esposa do ministro Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, baseadas na Lei Magnitsky após condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de estado.
Os papéis dos bancos foram afetados. Banco do Brasil (BBSA3), Itaú Unibanco (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11) e Santander Brasil (SANB11) fecharam em baixa. O Bradesco (BBDC4) foi exceção e teve alta de 0,17%.
A Cosan (CSAN3) recuou 18% e foi a maior queda do Ibovespa no dia depois de o grupo de Rubens Ometto informar na véspera duas novas emissões de ações, na busca para reduzir sua dívida, o que gerou preocupação sobre a diluição dos atuais acionistas.

Na ponta positiva, a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR3; PETR4) tiveram altas, e ajudaram a impedir uma queda maior do Ibovespa. Além disso, a Embraer (EMBR3) subiu 4,63% depois de a fabricante de aeronaves acertar um pedido de até 74 jatos com a Latam.
Nos Estados Unidos, o sentimento de otimismo predominou nos mercados depois que a Nvidia acertou o investimento de até US$ 100 bilhões na OpenAI, para apoiar a construção de data centers pela startup de inteligência artificial generativa (IA).
Investidores aguardam agora um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, programado para esta terça-feira (23), em busca de sinais sobre a continuidade do ciclo de cortes de juros pela autoridade monetária americana.
-- Com informações da Bloomberg News.
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