Ibovespa hoje: bolsa fecha em alta e avança 2,2% em outubro; dólar fica estável

Principal índice da B3 teve o terceiro mês consecutivo de ganhos e acumula alta de 24,3% em 2025; ações da Vale e de bancos impulsionaram o Ibovespa nesta sexta

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos e encerrou a última sessão de outubro em alta, influenciado pelo otimismo no mercado internacional e pelo avanço das ações da Vale.

O principal índice da B3 fechou em alta de 0,51%, aos 149.540 pontos, alcançando o seu quinto recorde nominal consecutivo em uma sequência de oito pregões em alta.

A avanço recente do Ibovespa ajudou o índice a recuperar suas perdas da primeira quinzena de outubro, em um mês de volatilidade nos mercados. O benchmark encerrou outubro com alta de 2,21%, o terceiro mês consecutivo de avanço. No ano, o Ibovespa acumula alta de 24,3%.

O dólar comercial, por sua vez, fechou estável, com ligeira queda de 0,05%, cotado a R$ 5,3785. No mês, a moeda acumulou alta de 1,03%.

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Entre os ativos, as ações da Vale (VALE3) avançaram 2,27% e fora a principal influência positiva em volume, depois de a mineradora divulgar os resultados trimestrais na véspera após o fechamento.

No terceiro trimestre, a companhia registrou um lucro líquido de US$ 2,69 bilhões, alta de 13% sobre igual período do ano passado, diante do avanço da geração de caixa.

No período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou US$ 4,36 bilhões, aumento de 21% sobre igual intervalo de 2024.

Segundo o CFO, Marcelo Bacci, a companhia vem apresentando desempenho superior às suas rivais no negócio de minério de ferro neste ano, o que deve levar a mineradora à liderança do mercado global em volumes produzidos da commodity em 2025.

Entre os bancos, os papéis de Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) também subiram e ajudaram a impulsionar o índice. O BTG Pactual (BPAC11) foi exceção e teve queda.

WEG (WEGE3), Eletrobras (ELET3) e Ambev (ABEV3) também encerraram com ganhos e sustentaram a alta do Ibovespa.

Na ponta negativa, a Petrobras (PETR3; PETR4) caiu, assim como a Vivo (VIVT3) e a Embraer (EMBR3).

A Marcopolo (POMO4) recuou 10,54%, e foi a maior queda do Ibovespa, após a fabricante de carrocerias de ônibus divulgar o balanço do terceiro trimestre, com uma queda nas vendas no mercado doméstico.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, Wall Street ganhou novo impulso no último pregão do mês. O otimismo em relação aos balanços corporativos superaram as preocupações com um rali ainda fortemente concentrado nas gigantes de tecnologia.

O S&P 500 subiu 0,26%, aos 6.840 pontos, apoiado pelas projeções otimistas da Amazon e da Apple. Até agora, o S&P 500 acumula alta de cerca de 16% em 2025. O Nasdaq Composite avançou 0,61% nesta sexta.

A temporada de balanços segue no centro das atenções dos investidores — e, até agora, com resultados positivos. Mais de 60% das empresas do S&P 500 já divulgaram resultados, e a grande maioria superou as estimativas.

Entre riscos geopolíticos, ameaças comerciais, a paralisação do governo americano e os valuations elevados das ações, os investidores tiveram muito com o que lidar em outubro. No fim das contas, o que prevaleceu foi a confiança nas empresas americanas — e as apostas de que cortes de juros vão manter o impulso dos lucros.

Desde a queda de abril, o S&P 500 já subiu quase 40%, acumulando sua sequência mensal de ganhos mais longa desde 2021. O feito é ainda maior para o Nasdaq 100: uma alta de sete meses, a mais longa em oito anos, impulsionada pelos balanços sólidos das empresas de tecnologia e pelo entusiasmo com a inteligência artificial.

-- Com colaboração de Juliana Estigarríbia e informações da Bloomberg News

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