Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) manteve a tendência de alta nesta segunda-feira (10), acompanhando o otimismo de investidores no exterior em meio à expectativa do fim do shutdown nos Estados Unidos.
O principal índice da B3 subiu 0,77%, aos 155.257,31 pontos, conquistando seu 11º recorde consecutivo. Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a alcançar 155.557 pontos.
O dólar recuou 0,55%, cotado a R$ 5,31, acompanhando a desvalorização global da moeda americana.
A sessão foi marcada por um maior apetite ao risco, o que favorece a renda variável globalmente. Nos Estados Unidos, o índice de tecnologia Nasdaq apresentou a maior alta, subindo 2,27%, enquanto S&P500 e Dow Jones avançaram 1,54% e 0,81%, respectivamente.

Os ganhos foram uma reação ao avanço de um projeto no Senado americano para encerrar a mais longa paralisação do governo federal no país, que já dura 41 dias. O projeto agora segue para a Câmara dos Representantes e, se aprovado, será posteriormente enviado ao presidente Donald Trump para sanção.
O fim da paralisação daria aos investidores maior clareza sobre os principais dados econômicos dos EUA, como emprego e inflação, o que ajudaria a dissipar a névoa em torno da trajetória do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação às taxas de juros.
“Os mercados estão reagindo de forma muito positiva às notícias sobre a possível resolução da paralisação do governo nos EUA”, disse Marija Veitmane, chefe de pesquisa de ações da State Street Global Markets, à Bloomberg News.
Após intensa volatilidade na semana passada, o maior apetite por risco se espalhou pelos mercados, impulsionando o petróleo, os metais e o bitcoin.
“Já estávamos muito otimistas em relação ao mercado e vimos a queda da semana passada como uma pequena oportunidade de compra.”
Oi afunda 35,7%
As ações da Oi (OIBR3) afundaram 35,7% depois que a operadora de telecomunicações teve sua falência decretada pela Justiça após dois processos de recuperação judicial fracassados.
O juiz determinou que a Oi, que protocolou um pedido de recuperação judicial em 2023, apenas alguns meses após sair de uma outra RJ, não conseguiu cumprir seu plano de recuperação.
“O atual estado de insolvência das Devedoras já constitui fato público e notório, reconhecido pelos credores, mercado, prestadores de serviço, de forma que a liquidação judicial da empresa se afigura imperativa”, diz o documento.
-- Com informações da Bloomberg News.
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