Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em leve baixa nesta quinta-feira (13), ao acompanhar o dia negativo no exterior e aprofundar o movimento de correção da véspera depois de um rali com 12 recordes consecutivos. O principal índice da B3 recuou 0,30%, aos 157.162,43 pontos.
O dólar virou para alta e subiu 0,10%, aos R$ 5,30, em dia de clima global de aversão a risco mesmo após o fim do shutdown no governo dos Estados Unidos.
A paralisação do governo americano foi encerrada na noite de quarta-feira (12) após 43 dias – a mais longa da história do país.
O fim do shutdown, no entanto, já estava precificado, o que abriu espaço para novas preocupações dos investidores.
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Um dos temores é que a retomada dos serviços do governo não seja rápida o suficiente para fornecer dados da economia a tempo da próxima reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), nos dias 9 e 10 de dezembro. E isso poderia levar o banco central a uma possível pausa no ciclo de redução de juros.
Houve também nova correção em que investidores penalizaram os altos valuations das ações tech. O índice de tecnologia Nasdaq Composite voltou a ser destaque negativo, com queda de 2,29%. O S&P500 teve baixa de 1,66%, enquanto o Dow Jones recuou 1,65%.
Hapvida (HAPV3) e Banco do Brasil (BBAS3) em queda
As ações da Hapvida (HAPV3) despencaram 42,21% após uma onda de rebaixamentos de recomendações de analistas.
As equipes de Bank of America, JPMorgan e BB Investimentos alteraram a recomendação de compra para neutra depois de um balanço do terceiro trimestre com dados considerados negativos e muito abaixo do consenso da Bloomberg.
A operadora divulgou resultados do terceiro trimestre com diferentes “surpresas negativas”, com aumento de sinistralidade, crescimento limitado de beneficiários e fluxo de caixa livre negativo.
Já as ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em baixa de 1,32% depois de chegarem a cair mais de 3% na mínima do dia.
Investidores reagiram negativamente ao balanço do terceiro trimestre, divulgado na noite de quarta-feira (12), que apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, baixa de 60% ante o mesmo período do ano passado.
A piora da inadimplência no agronegócio continua a prejudicando o resultado do BB, que também revisou para baixo suas projeções para o ano de 2025.
Pressionado pela deterioração da qualidade de crédito, o banco reduziu o guidance de lucro ajustado do intervalo de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões para R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões.
-- Com informações da Bloomberg News.
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