Bloomberg Línea — Após pregões marcados pela divulgação de indicadores econômicos, o Ibovespa (IBOV) e os principais índices das bolsas globais perderam força e fecharam esta sexta-feira (15) em terreno negativo.
O principal índice da B3 ficou perto da estabilidade, com queda de 0,01%, aos 136.341 pontos. Na semana, houve alta acumulada de 0,31%.
Os últimos pregões foram marcados por dados mistos de inflação nos Estados Unidos: enquanto a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio abaixo do esperado, a inflação ao produtor (PPI) surpreendeu para cima.
Prevaleceu a avaliação de que as últimas divulgações incentivam o corte de juros.
A visão favorece a queda global do dólar que, contra o real, caiu 0,35%, cotado a R$ 5,40. A moeda americana recuou 0,69% na semana.

Na bolsa brasileira, o destaque ficou com a temporada de balanços.
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 4% mesmo após um resultado negativo no balanço do segundo trimestre.
Os papéis reverteram a pressão da abertura e refletiram o posicionamento técnico dos investidores, que já tinham precificado expectativas negativas para o resultado. O BB apresentou queda de 60% no lucro líquido ajustado e teve a menor rentabilidade desde 2016.
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Em variação, a maior alta do dia foi da Marfrig (MRFG3) que subiu 8,75% com a expectativa de dividendos após a fusão com a BRF (BRFS3). A empresa resultante da fusão pode oferecer aos acionistas da BRF um pagamento de dividendos maior do qual eles recebem atualmente, superiores a 25% do lucro líquido segundo o presidente do conselho da Marfrig, Marcos Molina.
Na ponta negativa, os papéis da Azul (AZUL4) fecharam o dia em queda de 4,92%, cotadas a R$ 0,58 – menor patamar da história.
A queda reage aos resultados do segundo trimestre: a companhia aérea teve um lucro de R$ 1,47 bilhão no período. Porém, no critério ajustado, a Azul registrou prejuízo de R$ 475,8 milhões, baixa de 29% em um ano.
No cenário internacional, a expectativa é sobre o encontro do presidente americano Donald Trump com o presidente russo Vladimir Putin para tratar da guerra na Ucrânia. Os dois se encontraram no Alaska e devem discutir os próximos passos do conflito.
-- Com informações da Bloomberg News
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