Ibovespa cai após CPI acima do esperado reduzir apostas em cortes dos juros nos EUA

Dados de inflação divulgados nos EUA nesta manhã mostram a resiliência da economia americana e podem levar o Federal Reserve a adiar o corte de juros

Ações caem ao redor do mundo com cautela sobre juros
10 de Abril, 2024 | 10:31 AM

Bloomberg Línea — Em um dia movimentado de indicadores econômicos, o Ibovespa (IBOV) recua nesta quarta-feira (10), com investidores repercutindo dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.

Por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCAteve alta de 0,16% em março, após avançar 0,83% em fevereiro. O resultado veio abaixo do avanço de 0,25% esperado pelo mercado.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,4% em março, a mesma variação do mês anterior.

O dado veio acima da variação de 0,3% esperada por economistas, mostrando a resiliência da economia americana e podendo levar o Federal Reserve a adiar o corte de juros.

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Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,72%, aos 128.954 pontos. Além de uma cautela externa com os juros nos EUA, a queda das ações da Vale (VALE3) também pressiona o índice nesta quarta.

O movimento contribuía para um avanço de mais de 1% do dólar, que era negociado a R$ 5,06. Em Wall Street, os índices futuros, que subiam antes do CPI, viraram para queda.

Mais cedo, a Fitch Ratings rebaixou de “estável” para “negativa” a nota de crédito soberano da China, afirmando que o governo provavelmente aumentará a dívida enquanto busca retirar a economia de uma desaceleração impulsionada pelo setor imobiliário.

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A crescente incerteza sobre o panorama para a segunda maior economia do mundo, em meio aos esforços de Pequim para tornar o crescimento menos dependente do setor de habitação, “poderia manter a dívida em uma trajetória estável de aumento”, disse a Fitch em comunicado nesta quarta.

No cenário corporativo, as disputas políticas sobre a Petrobras (PETR3; PETR4) continuam, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dizendo aos jornalistas na terça-feira (9) que não é verdade que houve um acordo para distribuição de dividendos extraordinários.

-- Com informações da Bloomberg News

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.