Ibovespa avança com Vale e exterior em primeiro dia de Copom; dólar cai

Comitê de Política Monetária se reúne hoje e amanhã para decidir rumo da taxa Selic no Brasil; safra de balanços está no radar

Nos Estados Unidos, falas de membros do Federal Reserve estão no radar
07 de Maio, 2024 | 10:47 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avança nesta terça-feira (7), no primeiro dia de reunião de política monetária do Copom, que irá decidir amanhã o rumo dos juros no país.

Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o índice subia 0,6%, aos 129.223 pontos, enquanto o dólar cedia 0,31%, a R$ 5,06. A sessão é de ganhos para as ações da Vale (VALE3), que subiam cerca de 1,2% no mesmo horário.

Investidores seguem repercutindo a safra de balanços do primeiro trimestre, com os números de empresas como UBS, Disney, além de Carrefour Brasil (CRFB3), Vivo (VIVT3), Pão de açúcar (PCAR3) e PetroRio (PRIO3).

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Ontem, o Itaú Unibanco (ITUB4) reportou lucro líquido ajustado de R$ 9,77 bilhões no primeiro trimestre, uma cifra ligeiramente acima do consenso dos analistas consultados pela Bloomberg (R$ 9,716 bilhões).

Nos Estados Unidos, falas de membros do Federal Reserve estão no radar, caso do pronunciamento de Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis.

Os mercados de ações estão recebendo um impulso à medida que os investidores se tornam mais otimistas sobre o momento das possíveis reduções das taxas de juros do BC americano após os dados fracos de emprego nos EUA da semana passada.

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No Brasil, as atenções seguem voltadas para o Rio Grande do Sul, onde fortes chuvas já provocaram 90 mortes desde a semana passada e novos temporais são esperados nos próximos dias.

Diante da maior tragédia climática do estado e uma das maiores do Brasil, o governo federal e o Congresso Nacional começaram a aprovar medidas para o atendimento da população e o início dos trabalhos de reconstrução das mais de 330 cidades atingidas pelas fortes chuvas.

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de segunda-feira (6) um projeto de decreto legislativo enviado pelo governo federal que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024. A medida ainda deve ser aprovada pelo Senado nesta terça-feira (7).

Com o projeto, limites e prazos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser suspensos, o que acelera o repasse de recursos federais para o estado afetado por enchentes. O dinheiro usado com essa finalidade também não estará sujeito à limitação de empenho.

Na segunda-feira (6), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o governo ainda não tem estimativas de quanto será necessário para reconstruir o estado, mas acrescentou que a meta fiscal de 2024 será mantida.

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.