Futuros em NY sobem em meio a cautela de investidores com tensão no Oriente Médio

“A evolução do conflito nos próximos dias e semanas deve manter o mercado dentro de uma faixa”, disse Francisco Simon, chefe de estratégia para a Europa da Santander Asset Management

NO RADAR DOS MERCADOS
23 de Junho, 2025 | 06:55 AM

Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA operam em alta nesta segunda-feira (23) em meio a expectativa de que a resposta imediata do Irã aos bombardeios dos EUA não deve interromper de forma significativa o tráfego de petróleo no Oriente Médio.

Os contratos do S&P 500 subiram 0,2%, enquanto as ações europeias registraram pouca variação. O Brent recuou 0,6% após chegar a subir até 5,7%. O dólar ganhou 0,3% e os títulos do Tesouro dos EUA caíram.

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O petróleo segue no centro das atenções, já que qualquer interrupção no tráfego pelo Estreito de Hormuz, rota crucial para o fluxo global de petróleo e gás natural, eleva o risco de disparada nos preços de energia. Apesar de o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, ter afirmado que o país mantém todas as opções em aberto para uma resposta, ainda não há sinais de interrupção no fluxo físico de petróleo.

“O ponto-chave será se haverá um fechamento do Estreito de Hormuz. Esse não é o nosso cenário-base”, disse Francisco Simon, chefe de estratégia para a Europa da Santander Asset Management. “A evolução do conflito nos próximos dias e semanas deve manter o mercado dentro de uma faixa.”

Atividade do setor privado da zona do euro quase não cresceu em junhoA reação dos mercados tem sido geralmente contida desde o primeiro ataque de Israel ao Irã neste mês. Mesmo com as quedas das últimas duas semanas, o S&P 500 está apenas cerca de 3% abaixo da máxima histórica registrada em fevereiro.

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Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (23 de junho):

- China pede paz sobre Oriente Médio. O gigante asiático criticou o ataque dos EUA contra o Irã e reiterou que está disposta a unir-se aos esforços internacionais para restaurar a paz no Oriente Médio. A China é dependente do petróleo que passa pelo Estreito de Ormuz.

- Nomura dobra salário do CEO. A Nomura mais que dobrou a remuneração de Kentaro Okuda no último ano fiscal, elevando o valor para ¥ 1,21 bilhão (US$ 8,2 milhões). No ano anterior, ele havia recebido ¥ 506 milhões. A decisão recompensa o CEO pelo lucro anual recorde da maior corretora do Japão.

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- Petróleo no centro das atenções. O fóssil segue no foco dos investidores, uma vez que qualquer interrupção no tráfego pelo Estreito de Hormuz pode provocar uma disparada nos preços. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse que ainda não há sinais de interrupção no fluxo do fóssil.

Ações globais 23/06/25
🔘 As bolsas na sexta-feira (20/06): Dow Jones Industrials (+0,08%), S&P 500 (-0,22%), Nasdaq Composite (-0,51%), Stoxx 600 (+0,13%), Ibovespa (-1,15%)

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-- Com informações da Bloomberg News.

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Naiara Albuquerque

Formada em jornalismo pela Fáculdade Cásper Líbero, tem mestrado em Ciências da Comunicação pela Unisinos, e acumula passagens por veículos como Valor Econômico, Capricho, Nexo Jornal e Exame. Na Bloomberg Línea Brasil, é editora-assistente especializada na cobertura de agronegócios.