Futuros dos EUA sobem antes da divulgação do payroll e de olho na guerra comercial

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Bloomberg — Os futuros das ações dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (2), enquanto os investidores aguardam a divulgação do relatório de empregos (payroll) na quinta-feira e acompanham o desenrolar das negociações comerciais.

Os contratos do S&P 500 subiram 0,1%, após o índice de referência americano ter feito uma pausa em sua sequência de recordes na sessão anterior. Os futuros do Nasdaq 100 operavam próximos da estabilidade. As ações europeias avançaram 0,4%, enquanto os mercados asiáticos recuaram levemente.

Enquanto os EUA continuam as conversas com parceiros comerciais importantes, Trump aumentou a pressão sobre o Japão e reafirmou que não vai adiar o prazo para as tarifas, agora a apenas uma semana de distância.

Embora os mercados tenham oscilado fortemente em abril devido a manchetes sobre o comércio, os índices acionários agora indicam menor preocupação, com as ações próximas de máximas históricas.

Os dados divulgados até agora nesta semana reforçaram a resiliência da economia americana diante da agenda tarifária de Trump. Amanhã, o relatório mensal de empregos trará aos investidores novos sinais sobre o mercado de trabalho e o rumo das taxas de juros.

“Para mim, está claro que esta é uma oportunidade de comprar na baixa, com a tese de valorização apoiada pelo forte crescimento dos lucros, uma economia sólida e uma retórica mais amena sobre o comércio permanecendo firmes”, afirmou Michael Brown, estrategista sênior de pesquisa do Pepperstone Group, em Londres.

Os títulos do Tesouro dos EUA recuaram ao longo de toda a curva, à medida que os investidores reduziram as apostas sobre o tamanho dos cortes de juros esperados para o restante do ano, com o rendimento dos títulos de 10 anos subindo quatro pontos-base, para 4,28%.

Os contratos futuros de juros agora precificam cerca de 63 pontos-base de afrouxamento monetário pelo Fed até o fim do ano, abaixo dos 67 pontos-base esperados na terça-feira, antes de dados inesperados mostrarem que as vagas de emprego nos EUA subiram ao maior nível desde novembro.

Veja a seguir outros destaques desta manhã de quarta-feira (2 de julho):

- Stellantis nos EUA. As vendas da companhia nos EUA caíram 10% no segundo trimestre, mesmo com alta na demanda por modelos Jeep e Ram. Com o novo CEO, Antonio Filosa, a montadora tenta ajustar sua estratégia e enfrentar os efeitos das tarifas de Trump.

- Mudanças na Domino’s. A companhia informou que o CEO, Mark van Dyck, deixará o cargo em dezembro após apenas um ano. O bilionário Jack Cowin assumirá como presidente executivo interino. Os papéis da empresa caíram 16% nesta quarta e atingiram o menor nível desde 2014 após o anúncio da saída do executivo.

- Ciclo de juros na Europa. O membro do Banco Central Europeu, Mario Centeno, disse que não tem pressa para novos cortes de juros após oito reduções em um ano. Apesar da inflação estar na meta de 2%, o cenário ainda exige cautela. A presidente Christine Lagarde sinalizou que o ciclo de afrouxamento está perto do fim.