Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA operam em queda nesta quarta-feira (11), após as negociações comerciais do governo Trump com a China terminarem com resultados pouco detalhados.
Os contratos do S&P 500 caíram 0,2%, deixando o índice de referência dos EUA prestes a interromper uma sequência de três altas consecutivas, enquanto permanece próximo das máximas históricas.
As ações europeias tiveram pouca variação. Os títulos do Tesouro dos EUA recuaram antes da divulgação do relatório de inflação de maio, com o rendimento da T-note de 10 anos subindo dois pontos-base, para 4,49%. O dólar manteve-se estável.
Enquanto isso, as ações da Tesla subiram 2,2% nas negociações de pré-mercado, superando os pares do grupo “Sete Magníficos” após Elon Musk demonstrar arrependimento por seu recente desabafo nas redes sociais direcionado ao ex-presidente Donald Trump.
Os mercados financeiros acompanharam de perto se as duas maiores economias do mundo conseguiriam reduzir as tensões que, segundo economistas, já empurraram a economia global para uma desaceleração.
Após cerca de 20 horas de negociações em Londres, autoridades norte-americanas disseram que os dois lados estabeleceram uma estrutura para retomar o fluxo de bens sensíveis, embora o plano ainda precise ser aprovado por Trump e Xi Jinping.
“Um acordo preliminar não me entusiasma no sentido de que isso esteja resolvido”, disse Guy Miller, estrategista-chefe de mercado da Zurich Insurance, à Bloomberg TV. “Isso ainda vai se arrastar por um tempo.”
Os dados de inflação ao consumidor desta quarta-feira devem reforçar a postura cautelosa do Federal Reserve em relação a novos cortes na taxa de juros.
Os traders apostam cada vez mais que os formuladores de política monetária cortarão os juros apenas uma vez este ano, diante de sinais de crescimento resiliente e inflação persistente.
Economistas esperam um impacto modesto da transferência de tarifas para os preços de produtos majoritariamente importados, com a inflação prevista para subir 0,3% em maio ante abril, após um avanço de 0,2% no mês anterior, excluindo as categorias voláteis de alimentos e energia.
O chamado núcleo do índice de preços ao consumidor (core CPI), considerado um indicador mais confiável da inflação subjacente, deve acelerar pela primeira vez no ano — para 2,9% — na comparação anual.
“Não se espera que os dados tenham um grande impacto nos mercados por enquanto, mas isso pode mudar caso haja uma grande surpresa”, disse Geoff Yu, estrategista de câmbio e macroeconomia do Bank of New York Mellon Corp. “Esperamos uma sessão mais orientada pelos dados, já que é preciso algum reposicionamento antes de uma semana crucial de bancos centrais.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quarta-feira (11 de junho):
- Varejistas sob pressão. A Inditex, controladora da Zara, teve um início morno no segundo trimestre e alertou que as flutuações cambiais podem ter um impacto maior nos resultados deste ano do que o previsto. A receita do maior varejista de moda listado do mundo cresceu 6% nas cinco semanas até 9 de junho.
- Medlink se prepara para IPO. A empresa de biotecnologia, com sede em Suzhou, na China, pretende levantar mais de US$ 100 milhões com a abertura de capital, segundo fontes que falaram à Bloomberg News e que pediram anonimato por se tratar de informações confidenciais.
- Desavenças entre Trump x Musk. O bilionário disse que ‘passou dos limites’ após ter feito uma série de postagens sobre o presidente americano na semana passada. “Me arrependo de algumas das minhas postagens sobre o presidente @realDonaldTrump”, escreveu Musk na plataforma X.

🔘 As bolsas na sexta-feira (10/06): Dow Jones Industrials (+0,25%), S&P 500 (+0,55%), Nasdaq Composite (+0,63%), Stoxx 600 (-0,02%), Ibovespa (+0,54%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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