Dólar volta a subir após tensão do mercado com risco sobre Fed; futuros avançam em NY

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Bloomberg — O dólar voltou a subir nesta quinta-feira (17) com a ação de traders que compram a moeda em momentos de baixa, após a breve onda de pânico na véspera sobre o futuro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. As ações de tecnologia avançaram, levando os futuros do S&P 500 e da Nasdaq para altas.

A moeda americana subiu 0,30%, retomando sua alta acumulada no mês, sustentado pelo enfraquecimento das expectativas de cortes nas taxas de juros dos EUA em 2025.

As ações na Europa e na Ásia subiram depois que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) elevou sua perspectiva de crescimento de receita, reforçando a confiança dos investidores na força dos gastos globais com inteligência artificial. Os contratos futuros do Nasdaq 100 ganharam 0,20%.

As especulações sobre o futuro de Powell agitaram os mercados na quarta-feira (16), antes que o presidente dos EUA, Donald Trump, minimizasse a perspectiva de substituir o presidente do Fed. Trump, que há muito tempo pressiona por taxas de juros mais baixas, não escondeu sua frustração com Powell.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA avançaram em toda a curva, com a taxa de 10 anos subindo dois pontos-base para 4,48%.

O presidente do Fed de Nova York, John Williams, defendeu a postura política restritiva do banco central, considerando-a totalmente apropriada.

Para Michael Brown, estrategista sênior de pesquisa da Pepperstone, a reação dos preços corroborou sua “visão de baixa de longo prazo, vendendo as altas do dólar à medida que toda e qualquer pretensão de independência da política monetária continua a ser corroída, de forma bastante rápida”.

Veja a seguir outros destaques desta manhã de quinta-feira (17 de julho):

- A volta do aumento do IOF . O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu validar o decreto do governo federal de aumento de alíquotas de IOF, exceto para operações de risco sacado, o que anula a decisão do Congresso.

- Petrobras estuda distribuição. Segundo disse uma fonte à Bloomberg News, o conselho da estatal vai discutir em reunião nesta semana alterar o plano estratégico para incluir uma volta ao varejo de combustíveis, quatro anos após a venda de sua participação na BR Distribuidora, hoje Vibra Energia.

- Alemanha rejeita orçamento da UE. A Alemanha rejeitou a proposta orçamentária de 2 trilhões de euros para o próximo ciclo de sete anos da União Europeia, horas depois de ela ter sido anunciada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas, sob alegação de preocupação com o quadro fiscal.