Bloomberg Línea — O dólar alcançou seu maior valor em dois meses no pregão desta sexta-feira (10), com uma alta de 2,38% que levou a moeda de volta ao patamar de R$ 5,50.
A moeda já subia no início do dia em meio às preocupações fiscais no cenário local, mas ganhou a maior parte de sua força após o presidente Donald Trump voltar a ameaçar a China com tarifas.
O Ibovespa (IBOV), por sua vez, caiu acompanhando as bolsas americanas. O principal índice da bolsa brasileira recuou 0,73%, aos 140.680 pontos.
O cenário mudou após as novas ameaças de Trump contra a China. O presidente americano disse que está avaliando um “aumento massivo” nas tarifas, além de outras medidas retaliatórias, após acusar o país de ser hostil em relação ao uso das terras raras chinesas.
Os metais obtidos nas terras raras são essenciais para as indústrias de tecnologia e de defesa.
A publicação nas redes sociais ocorreu duas semanas antes do encontro planejado entre os líderes dos dois países na Ásia, no final deste mês. Trump afirmou que não via via “nenhum motivo” para se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping.
Mais de 420 ações das 500 que compõem o S&P 500 fecharam em baixa. O índice recuou 2,71%, enquanto o Dow Jones teve queda de 1,90%. O maior tombo foi do Nasdaq, que recuou 3,56%.
No cenário local, as preocupações fiscais com o Brasil continuam. o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta sexta-feira, uma nova linha de crédito imobiliário com foco na classe média. Entre as mudanças, o valor máximo do imóvel financiado subiu de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
A preocupação do mercado é que a medida aumente os gastos públicos em um cenário fiscal já desafiador.
A medida vem após a Câmara derrubar, na última quarta-feira (8), a medida provisória (MP) alternativa à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que era considerada essencial pelo governo para balancear as contas públicas.
--Com informações da Bloomberg News
Leia também
Após recorde do ouro, prata acumula alta de 75% e chega a maior valor desde 1980
Na Shopee, entrega rápida e lojas oficiais reforçam estratégia para avançar no Brasil