Bloomberg Línea — No melhor ano do Ibovespa em quase uma década, desde 2016, com alta acumulada de 34%, diferentes ações se destacaram com ganhos que se aproximaram de 80% ou até chegaram a superar esse patamar, por razões que vão de descontos excessivos a eventos que ajudaram a destravar valor para o ativo.
A ação campeã em valorização em 2025 foi a da Cogna (COGN3), um dos maiores grupos de educação do país, que encerrou um período de quatro anos de retomada de resultados operacionais e financeiros ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de ganho de eficiência com uso crescente de IA (Inteligência Artificial).
Trata-se de uma evolução para além de uma empresa relevante em ensino superior, como destacou o CEO da Cogna, Roberto Valério, em entrevista à Bloomberg Línea em março deste ano de 2025, em que destacou a evolução de métricas financeiras e a transformação do grupo com diversificação de negócios com plataformas e sistemas de ensino e outras iniciativas cada vez mais relevantes.
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O papel da Cogna subiu 218,90% no acumulado de 2025, saltando do patamar de R$ 0,99 ao fim de 2024 para encerrar negociado a R$ 3,16 nesta terça (30), segundo dados do terminal da Bloomberg:
Outro destaque do ano foi a unit do BTG Pactual (BPAC11), que encerrou o ano de 2025 com valorização de 93,31%, saltando de R$ 27,20 no fechamento de 2024 para R$ 52,58 no último pregão de 2025.
Ao longo do ano, o banco liderado pelo sócio sênior e presidente do conselho, André Esteves, e pelo CEO, Roberto Sallouti, quebrou sucessivos recordes de receitas e rentabilidade, com reflexo da execução com sucesso da estratégia de diversificação dos negócios do banco de investimento para além da área de sales & trading.
Essa transformação foi contada em reportagem da Bloomberg News em setembro deste ano, com entrevista de Sallouti sobre as novas fortalezas do banco.
O CEO do BTG Pactual também detalhou a estratégia de internacionalização, que tem os negócios pela América Latina como um dos focos, em entrevista à Bloomberg Línea em outubro.
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Por fim, a Axia Energia, novo nome da outrora gigante estatal Eletrobras (AXIA3, AXIA6), emplacou dois ativos entre as maiores altas do Ibovespa no ano de 2025: a ação ordinária registrou ganho de 86,26%.
A empresa conseguiu destravar valor graças a um acordo com a União no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a ameaçar tentar reverter a privatização realizada no mandato do antecessor Jair Bolsonaro.
O acordo retirou um componente de incerteza e risco regulatório que penalizava as ações da companhia, sob a liderança do CEO, Ivan Monteiro: a Axia ampliou o conselho, com aumento da representação da União, e se comprometeu com um investimento de R$ 2,4 bilhões na usina nuclear de Angra 1, ao mesmo tempo em que ficou liberada de novos compromissos financeiros com Angra 3.
Ao mesmo tempo, Monteiro deu prosseguimento a uma agenda de ganho de eficiência operacional que se refletiu nos resultados da companhia.
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Veja as dez ações ou units que mais subiram do Ibovespa em 2025*:
- Cogna (COGN3): +218,90%
- BTG Pactual (BPAC11): +93,31%
- Eneva (ENEV3): +91,64%
- Axia Energia (AXIA3): +86,26%
- Cury (CURY3): +84,59%
- Cyrela (CYRE3): +74,75%
- Vivara (VIVA3): +72,68%
- Axia Energia (AXIA6): +71,62%
- CPFL Energia (CPFE3): +68,69%
- Rede D’Or (RDOR3): +59,76%
*Comparação da variação do preço do ativo do último pregão de 2024, em 30 de dezembro, com o valor no último pregão de 2025.
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