Bloomberg Línea — Em um dia esvaziado do ponto de vista de índices econômicos, investidores ficam de olho nesta terça-feira (20) no desempenho dos mercados asiáticos e na volta das bolsas americanas após feriado.
A China intensificou o apoio ao setor imobiliário problemático com o maior corte já feito na taxa de referência de hipotecas, aumentando as expectativas por medidas mais agressivas para apoiar a economia nos próximos meses.
Os credores chineses reduziram sua taxa de referência de empréstimos de cinco anos em 25 pontos-base para 3,95%, anunciou o Banco Popular da China.
No cenário corporativo, o Carrefour (CRFB3) teve prejuízo no quarto trimestre no ano passado, além de queda no lucro.
Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (20):
1. Carrefour tem queda no lucro
O Carrefour apresentou um lucro ajustado de R$ 520 milhões no quarto trimestre de 2023, com lucro bruto de R$ 5,6 bilhões, uma queda de 8,0% na comparação anual.
Segundo a empresa, os resultados menores foram no varejo, setor que foi “impactado por maior atividade promocional e pelo fim da parceria com o Hipercard, e no Banco Carrefour, que contabilizou R$ 262 milhões no quarto trimestre de 2022 referente a renovações de contratos com bandeiras de cartões de crédito”.
Ao todo, no período, o Carrefour fechou 123 lojas.
2. Nova tentativa da China
As ações chinesas têm lutado para ganhar tração desde o retorno do feriado do Ano Novo Lunar, adicionando pressão sobre Pequim para fornecer mais apoio e restaurar a confiança em uma economia lidando com um declínio no mercado imobiliário e uma deflação persistente.
O índice de referência do país, o CSI 300, tem apresentado movimentos limitados nas negociações desta semana, apesar de medidas que incentivam a compra de ações por fundos estatais, bem como um corte na taxa de referência de hipotecas para ajudar o mercado imobiliário.
O otimismo diminuiu desde uma alta nos mercados antes do feriado prolongado, quando os investidores comemoraram as medidas para substituir o regulador do mercado e introduzir restrições de negociação mais amplas.
Os líderes chineses estão buscando maneiras de estabilizar uma queda de US$ 7 trilhões no mercado de ações, que representa um risco de desencadear instabilidade financeira e social. Eles também estão tentando injetar momentum na economia como um todo, o que é fundamental para aumentar a confiança dos investidores.
3. Mercados
As ações europeias e os futuros de ações dos EUA caem nesta terça-feira, em meio a preocupações persistentes sobre a economia da China, mesmo com notícias corporativas e resultados financeiros fornecendo alguns pontos positivos.
O índice Stoxx Europe 600 cedia nesta manhã, colocando-o em curso para interromper uma sequência de quatro dias de alta que o levou a ficar a apenas dois pontos de sua máxima recorde de janeiro de 2022 na segunda-feira (19). Os títulos europeus avançavam, com o rendimento dos títulos alemães de 10 anos caindo cerca de três pontos-base.
Em Wall Street, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 recuavam, com os mercados financeiros dos EUA prontos para reabrir após o feriado de segunda-feira. O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos estava estável antes de um leilão de notas de 40 anos.
4. Manchetes dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Eliane Cantanhêde: Ao mesmo tempo que compara Israel a Hitler, Lula faz vista grossa para Putin, Maduro e Xi
Folha de S. Paulo: Governo Lula privilegia gestões do PT e de aliados com verba extra da Saúde cobrada pelo centrão
O Globo: Ataque de Lula a Israel provoca reações da base à oposição e amplia insatisfação de aliados
Valor Econômico: Análise: Lula tem mais a perder do que Netanyahu
5. Agenda
Estados Unidos
12h: Índice de Indicadores Antecedentes dos EUA
-- Com informações da Bloomberg News.
Leia também:
Goldman Sachs eleva projeção do S&P 500 para 5.200 pontos ao fim do ano
Mercado de escritórios entra em nova fase no país, aponta empresa global CBRE
Da América do Sul ao Sudeste Asiático, cidades estão menos conectadas por voos