Bloomberg Línea — Os investidores ficam de olho nesta terça-feira (28) na divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que teve alta de 0,33% em novembro. Hoje também é divulgado o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) ainda não chegou no ponto que deveria para poder considerar uma redução das taxas de juros, segundo o Presidente do Bundesbank, Joachim Nagel.
O BCE provavelmente encerrou sua campanha de aumento de taxas e fará uma pausa pela segunda vez em sua reunião de dezembro. Embora o mercado já esteja apostando em cortes de taxas em abril, autoridades afirmaram que outro aumento ainda é possível e que é muito cedo para discutir cortes.
Os traders também seguem atentos a uma série de discursos de funcionários do Federal Reserve (Fed) hoje, além de novos dados econômicos previstos para esta semana, incluindo o índice de preços PCE, medida preferida de inflação do Federal Reserve.
Confira a seguir cinco destaques desta terça-feira (28):
1. IPCA-15
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,33% em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (28).
O resultado, 0,12 ponto percentual menor quando comparado a outubro, veio praticamente em linha com o esperado pelo mercado financeiro, de alta de 0,30%.
2. Vibra + Eneva
A proposta de fusão da Eneva (ENEV3) com a Vibra (VBBR3), que criaria uma gigante com valor de mercado combinado de cerca de R$ 50 bilhões, pode resultar na terceira maior empresa de energia do país. O racional por trás do negócio visa principalmente as oportunidades em transição energética, mas também abrange uma ambição da Eneva de se perpetuar no mercado.
A Eneva anunciou na noite do domingo (26) o envio de uma proposta não-vinculante para combinação de negócios com a Vibra. A proposta foi publicada inicialmente pelo site Brazil Journal.
A expectativa é que a proposta de acordo, que envolve troca de ações, siga para os conselhos das empresas em aproximadamente um mês, considerando possível paralisação por causa do Natal, disse à Bloomberg Línea uma fonte a par do assunto que falou sob condição de anonimato porque as discussões são privadas.
3. Mercados
As ações europeias caem pelo segundo dia consecutivo nesta terça, enquanto os futuros dos EUA sinalizam uma abertura mais fraca em Wall Street.
O índice Stoxx 600 cedia 0,6% por volta das 9h (horário de Brasília), enquanto os contratos do S&P 500 tinham baixa da ordem de 0,08%.
A LVMH liderou a queda das ações de luxo europeias, depois que o HSBC cortou o preço-alvo para as companhias em todo o setor. A expectativa de que as taxas de juros atingiram o pico e a economia evitará a recessão impulsionaram as ações e os títulos públicos neste mês.
Agora, estrategistas do Citigroup (C) afirmam que um dos melhores ralis de novembro para o S&P 500 em um século está perdendo força.
4. Manchetes dos principais jornais
Estadão: Como vão votar os senadores na CCJ na indicação de Dino ao Supremo e de Gonet à PGR
Folha de S. Paulo: Trens circulam em trecho reduzido, e metrô funciona parcialmente em dia de greve em SP
O Globo: Malu Gaspar: No Senado, Dino deve enfrentar hostilidades; Gonet tem cenário tranquilo
Valor Econômico: Troca de ações entre Eneva e Vibra é ponto sensível
5. Agenda
Zona do Euro:
- 09h30: Discurso de Elizabeth McCaul, membro do BCE
- 13h: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
- 15h30: Pronunciamento de Philip Lane, do BCE
Brasil:
- 13h: Índice de Evolução de Emprego do Caged
Estados Unidos:
- 11h: Preços de Imóveis S&P/CS Composto-20
- 12h: Confiança do Consumidor
- 12h05: Discurso de Christopher J. Waller, membro do Fed
- 12h45: Discurso de Michelle W. Bowman, Membro do FOMC
- 15h: Leilão Americano Note a 7 anos
- 18h30: Estoques de Petróleo Bruto Semanal API
-- Com informações da Bloomberg News
Leia também:
Emergentes podem ser os novos desenvolvidos, diz head do Morgan Stanley para área
Shein entra com pedido de IPO nos EUA de olho em valuation de até US$ 90 bi
Americanas fecha acordo com bancos e terá aumento de capital de R$ 24 bi