Bloomberg Línea — Os investidores aguardam nesta quarta-feira (14) a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, à espera de sinais que possam indicar os próximos passos do Federal Reserve (Fed) em relação aos juros do país.
No Brasil, destaque para a publicação de dados sobre as vendas do varejo. No Japão, é dia de divulgação do Produto Interno Bruto (PIB). Na China, saem dados sobre varejo, desemprego e produção industrial.
Confira a seguir cinco destaques desta quarta-feira (14):
1. Inflação dos EUA
Os analistas esperam que um relatório mensal sobre os preços ao consumidor nos EUA mostre outro aumento modesto no mês passado, reforçando as expectativas de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro.
Os dados, que serão publicados às 9h30 (horário de Brasília) pelo departamento de estatísticas dos EUA, provavelmente mostrarão que o índice de preços ao consumidor e o núcleo, que exclui alimentos e energia, avançaram 0,2% em julho, segundo estimativas medianas em uma pesquisa da Bloomberg.
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Essa leitura marcaria o menor aumento trimestral na inflação subjacente desde o início de 2021, pouco antes da ampla distribuição das vacinas contra a covid-19, que impulsionou um boom de reabertura na economia dos EUA.
2. Economia da China
A primeira contração nos empréstimos bancários da China em quase duas décadas aumentou os temores de que a segunda maior economia do mundo esteja caminhando para uma “recessão de balanço patrimonial”, semelhante à que o Japão enfrentou décadas atrás.
Uma queda nos novos empréstimos corporativos, combinada com a preferência das famílias por pagar suas dívidas, fez com que os empréstimos bancários encolhessem no mês passado pela primeira vez desde julho de 2005.
Isso aprofundou a longa batalha da China contra a fraca demanda por crédito, à medida que famílias e empresas, afetadas por uma crise no setor imobiliário, ficaram cautelosas em comprar casas ou expandir investimentos.
A determinação de consumidores e empresas em reduzir dívidas após o colapso imobiliário é vista como uma característica marcante da queda do Japão em décadas de deflação nos anos 1990.
Economistas há muito debatem se a China enfrenta uma “recessão de balanço patrimonial” similar, uma teoria que Richard Koo, economista-chefe do Nomura Research, usou para explicar os “anos perdidos” do Japão. Ele acredita que famílias e empresas, assustadas pela queda nos preços dos ativos, se concentraram em quitar dívidas e pararam de gastar na economia.
3. Mercados
Os futuros de ações dos EUA operam perto da estabilidade nesta quarta-feira (14), antes de um relatório sobre os preços ao consumidor dos EUA, que pode determinar se o Federal Reserve começará a cortar as taxas de juros no próximo mês.
O índice Stoxx 600, da Europa, subia 0,3% por volta das 7h (horário de Brasília), apoiado pelo UBS, que avançou após superar as projeções de lucro para o segundo trimestre.
Entre os setores, as empresas de mineração recuavam na bolsa, depois que o minério de ferro atingiu o nível mais baixo desde maio de 2023, em meio a preocupações com a demanda na China.
A diminuição das pressões de preços nos EUA aumentou a confiança de que as autoridades podem começar a reduzir os custos de empréstimos e focar novamente no apoio ao mercado de trabalho.
Analistas esperam um aumento modesto de 0,2% tanto no índice de preços ao consumidor quanto no núcleo do índice, que exclui alimentos e energia — o que marcaria o menor aumento em três meses para o núcleo desde o início de 2021.
4. Manchetes dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Segurança, trânsito, crise do clima, centro degradado... Entenda os desafios do próximo prefeito de SP
Folha de S. Paulo: Moraes escolhia alvos e pedia ajustes em relatórios contra bolsonaristas, mostram mensagens
Valor Econômico: Receita de bancos de investimento volta a recuar sem IPOs
O Globo: Mesmo sem indicação de Lula, BC vive transição informal de Campos Neto para Galípolo
5. Agenda
Brasil:
- 9h: Vendas no Varejo;
- 14h30: Fluxo Cambial Estrangeiro;
Estados Unidos:
- 9h30: CPI de julho;
- 11h30: Estoques de Petróleo Bruto e em Cushing;
Japão:
- 20h50: PIB;
China:
- 22h30: Preços de Imóveis;
- 23h: Investimento em Ativos Fixos;
- 23h: Produção Industrial;
- 23h: Vendas no Varejo;
- 23h: Taxa de Desemprego na China;
- 23h: Coletiva de Imprensa do DNE;
-- Com informações da Bloomberg News.
