Café especial do Brasil sente efeito das tarifas

Também no Breakfast: O risco Trump aos negócios globais de marcas americanas | A oportunidade no Brasil para atração de capital para a agenda climática | O M&A do Mercado Pago para avançar em investimentos

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Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!

Não é de hoje que os americanos aprenderam a gostar do café brasileiro em suas diferentes versões: das mais comerciais às especiais, o grão está presente em até 60% dos blends de grandes redes como a Starbucks no país.

Os grãos brasileiros ocupam dois espaços no mercado dos EUA: nos blends industriais e nos microlotes single origin, que são produtos mais caros vendidos normalmente com o nome da fazenda e do produtor estampados na embalagem.

Mas essa preferência começou a ser testada há cerca de um mês e meio, com o início da vigência da tarifa de 50% imposta pelos EUA de Donald Trump, que derrubou os embarques da bebida especial para esse mercado em 79% em agosto na comparação anual, disse Vinicius Estrela, diretor-executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em entrevista à Bloomberg Línea.

“Só a restrição de oferta [com o preço mais alto] não explica uma queda tão forte. Os estoques nos EUA estão historicamente baixos, mas os importadores optaram por postergar embarques e fracionar entregas, além de recorrer a cafés de outras origens para não deixar o mercado sem produto”, disse Estrela.

⇒ Leia mais: Café especial do Brasil já sente efeito das tarifas. E teme não recuperar espaço

No radar dos mercados

As ações globais operam em alta nesta quinta-feira (18), após o Federal Reserverealizar o primeiro corte de juros de 2025e sinalizar novas reduções para os próximos meses.

- Roche avança contra obesidade.A farmacêutica vai adquirir a 89bio por até US$ 3,5 bilhões, em um movimento que reforça sua aposta no mercado de obesidade e doenças relacionadas. O negócio, previsto para ser concluído no quarto trimestre de 2025, coloca a Roche na disputa com Novo Nordisk e Eli Lilly.

- Huawei acirra disputa contra a Nvidia.A companhia lançou a tecnologia SuperPod, capaz de conectar até 15.488 placas gráficas com chips Ascend, em uma tentativa de compensar a menor potência individual frente à rival por meio de computação em larga escala.

- Hyundai ajusta expectativas.A montadora sul-coreana elevou sua previsão de receita para 2025 em até 6%, mas reduziu a meta de margem operacional para até 7% diante do aumento de investimentos nos EUA para driblar as tarifas. A meta é vender 5,55 milhões de veículos por ano até 2030, dos quais 60% eletrificados.

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🔘 As bolsas ontem (17/09): Dow Jones Industrials (+0,57%), S&P 500 (-0,10%), Nasdaq Composite (-0,33%), Stoxx 600 (-0,03%), Ibovespa (+1,06%)

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Destaques da Bloomberg Línea:

Após corte nas taxas, Powell diz que o mercado de trabalho não é mais ‘muito sólido’

Brasil ganha protagonismo climático com recuo dos EUA, diz líder da Converge Capital

Copom mantém juro em 15% ao ano: ‘cenário de elevada incerteza exige cautela’

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• Também é importante: Mercado Pago compra Nikos DTVM para ampliar oferta de investimentos a clientes | CUB capta US$ 5,5 milhões e quer ser o ‘sistema nervoso’ do mercado imobiliário

• Opinião Bloomberg: Como a coerção de Trump se tornou um risco a negócios globais de empresas dos EUA

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Equipe Breakfast: Marcelo Sakate (Editor-chefe, Brasil), Filipe Serrano (Editor sênior, Brasil), Daniel Buarque (Editor-assistente, Brasil) e Naiara Albuquerque (Editora-assistente, Brasil)