Bull market avança em 2024? Para o Citi, melhor é só comprar na queda

Estrategistas liderados por Beata Manthey dizem esperar uma valorização menor de índices globais de ações neste ano após crescimento de dois dígitos em 2023

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Bloomberg — Não há espaço para ganhos de dois dígitos novamente. Com uma expectativa de valorização menor para os índices acionários globais neste ano do que em 2023, estrategistas do Citigroup (C) recomendam aos investidores comprar em momentos de baixa do mercado, e não perseguir ralis.

Embora a probabilidade de um crescimento mais amplo dos lucros e de um “pouso suave” - o soft landing - para a economia global possa sustentar o mercado acionário em 2024, uma reclassificação dos valuations permanece improvável após o rali do ano passado, escreveram estrategistas liderados por Beata Manthey em nota nesta sexta-feira (5).

A visão é respaldada pelas expectativas de um ganho de cerca de 8% para o Índice MSCI All-Country World e de 9% de crescimento nos lucros corporativos de 2024, “uma suposição conservadora em um ciclo de alívio do Fed”, disseram.

“Compraríamos nas quedas”, sem necessariamente perseguir ralis, destacou a equipe.

Após subir aproximadamente 20% em 2023, o índice global enfrenta um início de ano mais instável, com cerca de 2% de perdas na primeira semana. Investidores têm sido mais cautelosos após a euforia dos últimos dois meses, enquanto os rendimentos dos títulos sobem novamente e traders recuam em suas expectativas de cortes nas taxas de juros.

Os estrategistas do Citi veem um cenário econômico favorável para setores cíclicos e mercados, preferindo ações de empresas financeiras e industriais, bem como regiões fora dos EUA, como a Europa excluindo o Reino Unido e os mercados emergentes. Manthey tem uma visão neutra sobre os EUA, uma região menos cíclica e já com um “pouso suave” precificado.

A estrategista se mostrou otimista em relação à Europa na maior parte de 2023, mas vê a região ainda precificando um cenário de lucros relativamente baixista, mesmo após o forte rali.

“Uma exposição cíclica barata mantém a Europa bem posicionada para uma maior ampliação do mercado e um potencial estímulo vindo da China”, destacou.

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