Bloomberg — As bolsas internacionais tiveram dificuldades para encontrar impulso em meio à falta de catalisadores nos últimos dias de negociação do ano. A prata e o ouro recuperaram sua posição depois de uma queda em relação a suas máximas históricas.
Os futuros do S&P 500 pouco se alteraram depois que o índice de referência dos EUA registrou perdas consecutivas. Os indicadores das ações europeias e asiáticas tiveram movimentos modestos. Em um desenvolvimento notável nos mercados de moedas, o yuan onshore da China se fortaleceu, ultrapassando o nível-chave de 7 por dólar pela primeira vez desde 2023.
A terça-feira marca a última sessão de negociação do ano para vários mercados acionários, incluindo Alemanha, Japão e Coreia do Sul.
Ao longo do dia, o foco será a divulgação das atas da reunião de dezembro do Federal Reserve, onde houve o terceiro corte consecutivo da taxa de juros e a manutenção da perspectiva de apenas uma redução em 2026.
Apesar dos movimentos sem brilho, as ações globais permaneceram no caminho certo para um terceiro ganho anual consecutivo. Com um aumento de cerca de 21% em 2025, o indicador mundial da MSCI está preparado para seu melhor desempenho desde 2019.
“A retração parece mais uma consolidação saudável do que uma mudança de tendência”, disse Mohit Mirpuri, sócio sênior da SGMC Capital em Cingapura.
Os investidores têm motivos para estarem otimistas no início do novo ano, se a história servir de guia. O indicador subiu uma média de 1,4% nos últimos 10 meses de janeiro, avançando em seis dos casos, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Prata e ouro
Os metais preciosos continuaram a ser o foco dos investidores, depois que as negociações se tornaram voláteis após sua incessante alta em 2025. A prata se recuperou cerca de 2,9% na terça-feira, depois de cair 9% na sessão anterior. O ouro subiu 0,6%, depois de perder mais de 4% na segunda-feira.
Entre outros metais, o cobre atingiu a mais longa série de vitórias desde 2017, em uma recuperação em dezembro, impulsionada pela perspectiva de mais estresse na cadeia de suprimentos. O níquel atingiu a maior alta desde março, depois que o principal produtor, a Indonésia, sinalizou planos para cortar a oferta a fim de aumentar os preços.
Enquanto isso, o presidente Donald Trump disse que tem um candidato preferido para ser o próximo presidente do Federal Reserve, mas não tem pressa em fazer um anúncio - ao mesmo tempo em que cogitou a possibilidade de demitir o atual líder do banco central, Jerome Powell.
Os investidores também avaliam as perspectivas para as taxas de juros e a política monetária dos EUA. Os estrategistas de taxas de Wall Street - com várias exceções notáveis - esperam rendimentos do Tesouro estáveis a mais altos em 2026, apesar dos cortes do Fed.
Em outras partes dos mercados, o bitcoin flutuou. A criptomoeda chegou a US$ 90.000 na última sessão, antes de apagar seu ganho. Um indicador do dólar caiu. O petróleo manteve um ganho, já que os investidores avaliaram as tensões geopolíticas da Venezuela, Rússia e Irã, em comparação com as preocupações sobre um excesso de oferta.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de terça-feira (30 de dezembro):
- Investigação no caso Master. O ex-controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, devem prestar depoimento à Polícia Federal à tarde como parte de investigação sobre as condições e os motivos que levaram o órgão regulador a negar a venda do Master para o BRB.
- Novo avanço da Meta em IA. A Meta concordou em comprar a Manus, um popular agente de inteligência artificial de origem chinesa com sede em Singapura, em seu esforço para construir um negócio em torno de seu investimento maciço em IA. O negócio avalia a Manus em mais de US$ 2 bilhões, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News.
- Perda bilionária do Citi. O Citigroup anunciou que espera registrar uma perda de cerca de US$ 1,1 bilhão após os impostos sobre a venda de seus negócios remanescentes na Rússia para a Renaissance Capital.

🔘 As bolsas na sexta-feira (26/12): Dow Jones Industrials (-0,51%), S&P 500 (-0,35%), Nasdaq Composite (-0,50%), Stoxx 600 (+0,09%), Ibovespa (-0,25%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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