Bloomberg — As ações na Europa operam em alta nesta quarta-feira (29), com impulso das empresas de tecnologia, diante do otimismo com inteligência artificial e da expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve na reunião desta tarde.
O S&P 500 caminhava para estender sua sequência de recordes, com os futuros em alta de 0,3%, enquanto investidores aguardavam os resultados de cinco grandes empresas de tecnologia nos próximos dois dias.
A Nvidia subia 2,6% no pré-mercado depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que discutirá os processadores Blackwell de IA da fabricante de chips com Xi Jinping, da China.
Enquanto o índice de referência da Europa mostrava pouca variação, ações de mineradoras avançaram após o cobre atingir uma máxima histórica na London Metal Exchange.
O metal — considerado um termômetro do crescimento global — disparou com a aproximação entre EUA e China rumo a um acordo comercial. Montadoras também subiram após os resultados positivos da Mercedes-Benz Group AG, que sinalizaram confiança na geração de caixa da empresa apesar dos entraves comerciais.
O setor de tecnologia segue no centro das atenções do mercado, com Microsoft Corp., Alphabet, Meta Platforms, Amazon e Apple prestes a divulgar resultados nas próximas 48 horas. O grupo conhecido como “Magnificent Seven” deve registrar crescimento de 14% no lucro do terceiro trimestre, quase o dobro dos 8% estimados para o S&P 500 mais amplo.
“A história da IA permanece intacta”, disse Anthi Tsouvali, estrategista multiactivos do UBS Global Wealth Management. “O fato de o Fed estar cortando os juros — e esperamos mais uma redução de 25 pontos-base — é muito positivo para a economia. Isso afrouxa as condições financeiras e estimula o crescimento.”
Em outros mercados, dólar e ouro subiram após dias de queda. Os Treasuries dos EUA tiveram pouca variação em toda a curva.
Enquanto isso, Trump disse esperar reduzir as tarifas impostas pelos EUA a produtos chineses por causa da crise do fentanil, em meio a esforços das maiores economias do mundo para aliviar tensões em uma reunião na quinta-feira.
O Wall Street Journal informou na terça-feira que Trump considerava reduzir a tarifa de 20% para 10% sobre produtos chineses relacionados ao fentanil.
Em outro sinal de distensão, a China comprou ao menos duas cargas de soja dos EUA, sua primeira aquisição conhecida nesta temporada.
Também contribuem para o sentimento positivo as apostas de que o Fed fará um corte de juros nesta quarta-feira, com investidores esperando clareza sobre quando as autoridades vão parar de reduzir o balanço do banco central. Crescem as apostas de que o fim do aperto quantitativo pode ocorrer ainda este mês.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quarta-feira (29 de outubro):
- BASF cresce apesar de cautela.O lucro da empresa ficou acima das expectativas no terceiro trimestre, com a demanda automotiva e os ganhos na unidade agrícola tendo compensado as quedas nas unidades de químicos e materiais. Apesar disso, há cautela diante de custos altos, dólar mais fraco e demanda global frágil.
- Corrida e retrôs impulsionam Adidas.A companhia acelerou o crescimento no terceiro trimestre com impulso da demanda por tênis de corrida, especialmente os modelos Adizero, que avançaram 30% no período, e pela continuidade do sucesso dos retrôs, como o Samba.
- Tarifas menores no radar de Trump. O presidente sinalizou que pode reduzir tarifas a produtos chineses se Pequim ajudar a conter a crise do fentanil e afirmou estar aberto a discutir o chip Blackwell da Nvidia com Xi Jinping. A possível concessão impulsionou as ações da Nvidia e elevou as expectativas de um acordo comercial.

🔘 As bolsas ontem (28/10): Dow Jones Industrials (+0,34%), S&P 500 (+0,23%), Nasdaq Composite (+0,80%), Stoxx 600 (-0,22%), Ibovespa (+0,31%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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